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O avanço da inteligência artificial (IA) em vários segmentos da sociedade, a má qualidade do ensino oferecido nas escolas médicas brasileiras e os impactos da ocupação humana no meio ambiente foram destaques na mesa redonda sobre bioética e educação em saúde do VI Encontro Luso-Brasileiro de Bioética do Conselho Federal de Medicina (CFM).

Professor titular da Faculdade de Medicina da Universidade de Brasília (UnB), ex-governador do Acre e ex-senador da República, o médico Tião Viana afirmou que, se a qualidade da formação dos estudantes de medicina não melhorar, o País estará, em poucos anos, refém da onda de IA que surge.

“A continuar como está, sem regras – e eu vejo o CFM ser virtuoso agora na defesa da qualidade profissional para o exame de ordem, que é necessário – nós estamos na iminência de testemunharmos, em poucos anos, médicos trabalhando em aplicativo. Porque a onda que vem da inteligência artificial, tornando os seres humanos inservíveis, também tornará médicos inservíveis. E isso atingirá aqueles que não entenderam o que está acontecendo e os seus representantes públicos e institucionais, que também não entendem o que está havendo”, declarou.

Para Viana, o CFM e os Conselhos Regional de Medicina (CRMs) têm de zelar pela boa prática médica e isso passa pela implementação de um exame de proficiência para estudantes de medicina no intuito de salvar vidas, proteger o paciente, cuidar bem da doença e aplicar a ciência na condução de cada caso. “Se nós não fizermos isso, defender uma prova como essa, será prevaricação, omissão. O exame de proficiência diz: ‘olha, médico, você precisa ter condições mínimas para estar à altura da responsabilidade de ter um diploma de médico e salvar e proteger vidas’. Isso é apenas uma constatação de que ele teve uma boa formação médica. Ninguém pode ser contra uma medida de proteção da vida das pessoas”, afirmou.

O médico Pedro Fernando Vasconcelos, pesquisador do Instituto Evandro Chagas, concordou que é preciso melhorar a formação dos estudantes de medicina no País. De acordo com ele, não é possível preparar os futuros médicos sem hospitais de ensino e médicos como professores. Ele lembrou que os novos desafios também se impõem à medida que o homem avança sobre o meio ambiente. “Milhares de vírus surgem diante de um ecossistema maltratado”, comentou.

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