No Brasil, o total de escolas médicas quase triplicou em 18 anos, passando de 126 escolas e 12.830 vagas oferecidas no primeiro ano, em 2002, para as atuais 342 instituições com 34.585 vagas.
Coordenador do Departamento de Relações Internacionais do Conselho Federal de Medicina (CFM) e responsável por fazer a interface entre este e as entidades médicas estrangeiras, Jeancarlo Cavalcante explica que a avaliação dos formandos tem se tornado necessária no País devido a esse aumento do número de escolas de medicina. “É uma matemática simples: quanto mais rápido é o crescimento do aparelho formador, como ocorreu aqui, menor será a qualidade da formação”, sentencia Cavalcante.
Atuando em defesa da qualidade do ensino médico, o CFM tem investido no desenvolvimento do Sistema de Acreditação de Escolas Médicas (Saeme), criado em 2017 e que, em 2019, recebeu o reconhecimento da World Federation for Medical Education. A medida confere um selo de qualidade internacional ao Saeme e o eleva à condição de único acreditador de escolas médicas brasileiras.
O Saeme já analisou as condições de funcionamento de 19 instituições, e outras 17 escolas médicas brasileiras estão em processo de acreditação. Além de ampliar a atuação do Saeme, o CFM entende ser importante que o governo exija o cumprimento de critérios mínimos para autorizar a abertura de escolas médicas ou mesmo de novas vagas em cursos existentes.
Saiba mais em: saeme.org.br