Desde 2018, as entidades médicas têm defendido que seja realizada uma avaliação seriada e progressiva dos estudantes de medicina durante a graduação, conduzida em nível nacional, coordenada por entidade externa à escola e sem prejuízo de avaliações internas. Os alunos em fase de conclusão que não atingissem a pontuação mínima não poderiam receber o diploma e teriam da escola apoio acadêmico até a superação dessa etapa.
Esse entendimento foi obtido no XIII Encontro Nacional das Entidades Médicas (Enem), realizado em 2018, através de apoio ao substitutivo apresentado pelo então senador Ronaldo Caiado (DEM/GO) ao Projeto de Lei nº 165/17.
Coordenador da Comissão de Ensino Médico do Conselho Federal de Medicina entre 2014 e 2019, o professor Lúcio Flávio Gonzaga afirma: “inicialmente éramos contra por entendermos que uma avaliação final não conseguiria abarcar toda a complexidade da formação médica, mas a proposta de avaliação seriada levou as entidades médicas a rever sua posição”.
As entidades também aprovaram que as escolas devem ser avaliadas regular e sistematicamente pelo Estado, que verificaria as condições oferecidas na graduação e
As entidades também aprovaram que as escolas devem ser avaliadas regular e sistematicamente pelo Estado, que verificaria as condições oferecidas na graduação e pós-graduação, “sendo que as instituições que não atenderem aos parâmetros estabelecidos devem ser orientadas e/ou penalizadas pelo Ministério da Educação com a suspensão de processos seletivos de novos alunos; redução no número de vagas oferecidas; e, no limite, fechamento dos cursos existentes”.
Atual coordenador da Comissão de Ensino Médico, Júlio Braga alerta: “é um crime o que faculdades com problemas de infraestrutura fazem. Cobram mensalidades exorbitantes e não oferecem condições de aprendizagem”.