
Júlio Braga: Inep deve divulgar número de vagas fechadas em escolas que tiverem má avaliação em exames
Para 34% dos entrevistados pelo Instituto Datafolha, o monitoramento de alunos e do sistema formador deixará os futuros médicos mais bem capacitados para diagnosticar doenças e prescrever tratamentos, sendo mais assertivos quanto à efetividade e segurança dos resultados pretendidos.
Dentre outros fatores positivos apontados, constam: maior capacidade do profissional de compreender as necessidades da população, formação de uma rede de escolas médicas mais qualificada, melhora da relação médico-paciente e estímulo à dedicação dos alunos aos estudos.
Cursos – Atualmente, o Ministério da Educação (MEC) avalia as faculdades de medicina, assim como os demais cursos, por meio do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes).
Três componentes (instituição, curso e desempenho dos alunos) são analisados anualmente a partir de resultados obtidos no Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade), no Conceito Preliminar de Curso (CPC) e no Índice Geral de Cursos Avaliados da Instituição (IGC), todos sob a responsabilidade do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).
O Enade consiste em provas aplicadas anualmente entre os estudantes que estão começando e finalizando um curso. Já o CPC leva em consideração a qualidade do corpo docente, a infraestrutura e os recursos didático-pedagógicos. O IGC é o responsável por avaliar a qualidade das instituições de educação superior como um todo. Ao final, a cada estabelecimento é atribuída uma nota que pode variar de 0 a 5. Os cursos com os piores resultados podem ser penalizados com a redução das vagas ou o fechamento do curso. Para Júlio Braga, no entanto, é importante que o Inep divulgue quantas vagas em medicina foram fechadas em decorrência de desempenhos ruins no Enade, no CPC e no IGC.
A Lei nº 12.871/13, no seu artigo 9º, previa a criação de uma prova específica, a Avaliação Nacional Seriada dos Estudantes de Medicina (Anasem), a ser aplicada a cada dois anos, com instrumentos e métodos que avaliassem os conhecimentos, habilidades e atitudes dos estudantes. Alguns testes-piloto foram aplicados, mas em 2017 a Lei nº 13.530 retirou a obrigatoriedade do exame.

Fonte: IFSMA e Comissão de Ensino Médico/CFM.