A Comissão Nacional de Residência Médica (CNRM) analisou mais de 1.080 credenciamentos e recredenciamentos de programas e, mesmo diante da covid-19, 1.200 novas vagas de Residência Médica foram abertas.
Em relação a desistências, o número de 2020 é praticamente igual ao computado em 2018 e 2019 (0,82%). “Ainda assim, é importante um estudo mais detalhado sobre as condições de cada programa. Não basta completar os ciclos, é preciso realmente formar especialistas”, alerta Anastácio Kotzias, representante do Conselho Federal de Medicina na CNRM.
“É evidente que os serviços de saúde que conseguiram lidar com o aumento da busca por assistência, sem impactar negativamente a qualidade do atendimento, contaram com a organização e qualificação dos PRM. Mas, no momento, o contexto sociossanitário do país segue na excepcionalidade e requer análise sobre o que está sendo feito e o que ainda precisa ser para pactuarmos ações no escopo da CNMR/MEC [Ministério da Educação], resguardando os PRM que se iniciam em 2021”, avalia Viviane Peterle.
Neste ano, a previsão é que 15.454 residentes concluam o PRM, após cumprimento de condicionalidades. Os registros mostram que o número de afastamentos, incluindo para o serviço militar, aumentou para aproximadamente 3,2% do total de 42 mil médicos residentes.
“O CFM vê a Residência Médica como prioridade e continuará acompanhando os desdobramentos que afetam o processo. Isso ajudará o futuro da medicina”, afirmou Kotzias.