
Palestrantes da mesa redonda respondem as dúvidas dos participantes do V Fórum de Médicos de Fronteira
A mesa redonda “Telemedicina como fator de integração da saúde nas fronteiras” debateu, durante o V Fórum de Medicina de Fronteira do CFM, diversas formas de como a tecnologia pode ser usada para melhorar o atendimento ao paciente. “A telemedicina diminui distâncias e pode ser usada a favor da população”, defendeu o presidente da mesa e 3º vice-presidente do CFM, Jeancarlo Cavalcante.
“Comunicação assertiva em medicina de fronteira” foi o tema da palestra do 2 secretário e diretor da Coordenação de Imprensa do CFM, Estevam Rivello. Em sua apresentação (que pode ser acessada AQUI), ele elencou várias abordagens que o médico pode usar para se comunicar com seus pacientes e com a comunidade, fazendo postagens, por exemplo, sobre os desafios da saúde nos municípios fronteiriços, a infraestrutura local e dados epidemiológicos, por exemplo, “mas sempre trabalhando com dados oficiais”, alertou.
“O médico tem a capacidade e o poder de se comunicar. Devemos assumir o protagonismo na divulgação das informações de saúde para que a população fique bem informada e tome as melhores decisões”, defendeu.
Ampliação da assistência – Em seguida, o conselheiro federal pela Paraíba, Bruno Leandro de Souza, falou sobre a experiência bem-sucedida do governo paraibano com a Rede Cuidar, que usa a telemedicina para ampliar o acesso à saúde no interior do estado. Ele deu o exemplo do menino Felipe, que nasceu há 12 anos com um problema no coração na cidade de Patos, distante cerca de 300 quilômetros de João Pessoa. “A médica que acompanhou o parto ligou para o hospital polo informando que o menino tinha nascido com problemas, demos todas as orientações, o bebê foi estabilizado e dois dias depois foi para João Pessoa, onde fizemos a cirurgia cardíaca. Hoje é uma criança que gosta de jogar futebol e estudar”, contou.
Segundo o conselheiro, este é apenas um dos milhares de exemplos do uso da Rede Cuidar em prol da população paraibana. “A telemedicina faz o diálogo entre o viver e o morrer. Ela permite que uma pessoa nascida no interior tenha acesso aos mesmos cuidados do que outra que nasceu em um grande centro”, defendeu.