Falta de leitos, de equipes, de kits para exames e de EPI estão entre as principais queixas relatadas
Médicos que atuam em unidades de saúde destinadas a prestar assistência a casos confirmados e suspeitos de covid-19 apresentaram 2.569 denúncias ao Conselho Federal de Medicina (CFM), indicando quase 25 mil inconformidades na infraestrutura de trabalho oferecida por gestores (públicos e privados) de todo o País. Entre os principais problemas identicados nos serviços de saúde estão a falta de máscaras N95 (ou equivalente) e de outros equipamentos de proteção individual (EPIs), a escassez ou completa ausência de kits de exames para covid-19, a insuficiência de pessoal e falhas no processo de triagem. Outro ponto preocupante para os médicos é a falta de material para higienização, como álcool em gel, papel-toalha e sabonete líquido.
Os dados fazem parte do segundo levantamento feito pelo CFM após lançamento de plataforma on-line exclusiva aos médicos inscritos nos Conselhos Regionais de Medicina (CRMs). Entre abril – primeiro mês de funcionamento da ferramenta, acessível AQUI – e 15 de dezembro de 2020, 2.566 profissionais acessaram a base e zeram denúncias.
“Estamos diante de uma das maiores ameaças já vivenciadas pelos sistemas de saúde do mundo, com risco real de sequelas e mortes na população. Nesse processo, as equipes médicas são essenciais”, afirmou o 1º secretário do CFM, Hideraldo Cabeça, que ajudou a formular esse espaço de interação. Ele lembra que o CFM é um órgão que tem atribuições constitucionais de fiscalização e busca “proteger a sociedade de equívocos da assistência decorrentes da precarização do sistema de saúde”.
“Por isso, os Conselhos de Medicina estão ao lado da população, dos médicos e das equipes que atuam na linha de frente. Os gestores – em todas as esferas – devem estar comprometidos com a proteção desses profissionais, que precisam contar com EPIs e infraestrutura adequada para continuar a salvar vidas”, ressaltou o conselheiro.
A queixa mais recorrente – 42% dos casos – está relacionada à falta de equipes de enfermagem, seguida da falta de leitos – 33,6%.

Fonte: Conselho Federal de Medicina

Fonte: Conselho Federal de Medicina

Fonte: Conselho Federal de Medicina