A maioria dos denunciantes relatou problemas em hospitais (1.069), serviços de atenção primária (805) ou pronto atendimento (463). Em menor proporção, também figuram no painel de denúncias os serviços de atenção pré-hospitalar, assistência médica ambulatorial, ambulatório médico de especialidades e centros de atenção psicossocial, entre outros tipos de unidade. Quase 85% das unidades em que atuam os médicos denunciantes prestam serviço ao Sistema Único de Saúde. Outras 10% eram privadas, 3% filantrópicas, e em 2% dos casos não foi identificada a natureza do serviço.
Médicos de 629 municípios brasileiros apresentaram relatos ao CFM sobre falhas na infraestrutura necessária ao adequado acolhimento de pacientes contaminados pelo novo coronavírus. O Sudeste concentrou o maior número de denúncias durante o período analisado, com 1.084 (42%) no total. Na sequência aparece o Nordeste, com 30% das denúncias.
Para denunciar – Para registrar uma denúncia, o médico deve preencher alguns dados básicos de identificação (número do CRM, CPF e estado onde mora). Superada essa etapa, ele terá acesso a um questionário simplificado que lhe permitirá indicar, de modo objetivo, as carências que encontra e que dificultam sua atuação no atendimento de casos suspeitos e confirmados de covid-19.
Dos 2.569 médicos que apresentaram seus relatos na plataforma de denúncias, 67% têm título de especialista. Na distribuição por idade, 68% dos denunciantes têm até 39 anos, 30% entre 40 e 69 anos, e o restante mais de 70 anos. A maioria dos denunciantes era do sexo feminino, 56%, contra 44% do sexo masculino.
O CFM está encaminhando as denúncias para os CRMs, que estão fiscalizando os locais e cobrando providências das autoridades.