Dentre os portadores de diplomas estrangeiros, quase 65% são brasileiros que saíram para estudar fora. Dentre os estrangeiros, se destacam os bolivianos, com 1.324 registros. Os demais são de 61 outras nações. Ressalta-se que neste grupo constam apenas profissionais que se submeteram às exigências legais, ou seja, passaram por exame para revalidar os diplomas e se inscreveram em CRMs.
Do conjunto de graduados no exterior, a maioria é formada por homens – 55,3% contra 44,7% de mulheres. A média de idade dos profissionais diplomados no exterior é de 39 anos. O levantamento também analisou o fluxo de entrada no País desses médicos que se formaram no exterior.
De 2000 a 2004 houve um aumento significativo de novas entradas por ano, que passou de 168 para 615. Nos anos seguintes, houve redução de entrada, a partir da implantação do Revalida, defendido pelas entidades médicas. O ingresso de formados no exterior voltou a subir no ano seguinte à instituição do Programa Mais Médicos, em 2013.
De 15.580 inscritos na edição de 2020, um total de 1.085 passaram pelo crivo. A partir de agora, com o resultado em mãos, eles poderão convalidar diplomas. A aplicação do Revalida é responsabilidade do Inep, órgão do Ministério da Educação, que o reconhece como sendo, dentre as possíveis provas e exames, o “único instrumento possível”. O projeto existe desde 2011 e conta com adesão de 37 universidades públicas. As provas exigem do candidato o mesmo nível de conhecimento dos estudantes brasileiros.