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Um convite à reflexão sobre o que queremos construir como legado da medicina brasileira. Assim foi a conferência de encerramento do XV Fórum Nacional de Ensino Médico. Evento realizado pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), em sua sede, nos dias 31 de julho e 1º de agosto. No palco, o professor Ruy Guilherme Silveira de Souza, da Universidade Federal de Roraima (UFRR). A partir do tema “O perfil esperado do médico no século XXI”, o conferencista provocou reflexões profundas sobre os desafios da formação médica frente às transformações tecnológicas, culturais e sociais que impactam diretamente o exercício da profissão. A atividade foi conduzida pelo conselheiro federal José Eduardo Dolcci e secretariada por Gabriel Sanchez Okida, presidente da Associação dos Estudantes de Medicina (AEMED).

Ruy iniciou sua fala resgatando a trajetória histórica da educação médica, marcada por rupturas significativas desde o Modelo Flexneriano do início do século XX até o atual paradigma da formação baseada em competências. Ele destacou marcos importantes como a introdução ao aprendizado baseado em problemas, o papel do exame clínico objetivo estruturado e a consagração do modelo de Pirâmide de Miller. Para ele, essas transformações culminaram na consolidação de um modelo integrador entre prática, ciência e ensino: “Estamos numa era de educação baseada em competências. Não se pode mais separar a prática da teoria ou o ensino das ciências básicas.”

Com linguagem direta e tom provocativo, o conferencista afirmou que “o futuro não é mais o mesmo”, em alusão às forças contemporâneas que reconfiguram as competências médicas. Segundo ele, a massificação do conhecimento, o acesso a tecnologias vestíveis e a inteligência artificial têm transformado profundamente a relação médico-paciente.

Ruy também alertou para o impacto do empoderamento dos pacientes e o novo papel do médico como gestor de verdades múltiplas. “A primeira habilidade que o médico vai precisar ter é saber lidar com a verdade”, disse, mencionando um artigo recente. Para ele, o comprometimento com a ciência será cada vez mais determinante: “Eu não temo a concorrência com outras profissões, o que me preocupa é o médico que se afasta da ciência.”

Encerrando sua fala, Ruy destacou a necessidade de cultivar hoje o que será colhido pelas futuras gerações. A conferência reafirmou o compromisso do CFM com a excelência na formação médica e o papel central do debate ético e científico frente às mudanças do século XXI.

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