CRM VIRTUAL

Conselho Federal de Medicina

Acesse agora

O Grupo de Trabalho sobre Atuações e Intervenções quanto ao Tabagismo e ao Cigarro Eletrônico do Conselho Federal de Medicina (CFM) realizou nesta segunda-feira (28/04) a primeira reunião da Gestão CFM 2024-2029. O grupo, formado por médicos de diferentes especialidades, atuará com três frentes: construção de conhecimento, ações de advocacy e formulação de propostas.

“Neste primeiro encontro discutimos estratégias para fortalecer a luta contra o tabagismo e o avanço do uso de dispositivos eletrônicos para fumar (DEFs) no Brasil. O tabaco é hoje a segunda maior causa de dependência no Brasil, atrás apenas do álcool”, detalhou o coordenador do GT e conselheiro federal, Alcindo Cerci Neto.

Durante os debates que levaram quase duas horas, o grupo demonstrou grande preocupação com a popularização dos cigarros eletrônicos, principalmente entre adolescentes e jovens adultos. Assim como ocorreu no passado com o cigarro convencional, os especialistas apontaram que o uso destes dispositivos vem sendo associado a status e sucesso, o que contribui para a redução da idade de iniciação e o aumento da dependência de nicotina.

O vice-corregedor do CFM, Francisco Cardoso, alertou para a necessidade de que a política de combate ao tabaco vá além da abordagem tradicional focada apenas nos malefícios do cigarro. Para ele, é fundamental também discutir alternativas eficazes para auxiliar dependentes na cessação do vício e reforçar o objetivo de construir uma sociedade livre do tabaco. “O Brasil já retirou milhões de pessoas do tabagismo ao longo das últimas décadas. Precisamos avançar para reduzir ainda mais esses números, especialmente entre os jovens”, pontuou conselheiro federal. Ele também destacou os impactos do mercado ilegal de cigarros no país.

Trabalho – Segundo o coordenador, o Grupo de Trabalho estará focado na defesa intransigente da proibição da comercialização, importação e propaganda dos dispositivos eletrônicos para fumar no País. Durante a primeira reunião, os especialistas chamaram a atenção para a pressão da indústria do tabaco, especialmente junto ao Congresso Nacional, para tentar alterar a legislação e regulamentar esses produtos.

Outra frente de ação proposta pelo grupo é o enfrentamento ao discurso da indústria do tabaco que apresenta os DEFs como alternativa segura ou ferramenta para a cessação do tabagismo. De acordo com os especialistas, não há evidência científica que comprove tais alegações. Por isso, defendem a valorização dos médicos e das equipes de saúde na condução de tratamentos baseados em métodos comprovadamente eficazes.

Os membros ainda destacaram a importância de campanhas educativas em massa, usando todas as mídias disponíveis, especialmente direcionadas ao público jovem. “Trabalharemos em muitas frentes para conscientizar sobre os malefícios do tabaco. Com essas iniciativas, o Conselho reafirma seu compromisso com a proteção da saúde pública e a defesa da vida dos brasileiros frente aos desafios impostos pelo tabagismo e seus novos formatos”, concluiu Cerci Neto.

Notícias Relacionadas

CFM estuda custos do tabagismo para embasar regulamentação

10 May 2024

CFM realiza II Fórum sobre Tabagismo e Cigarro Eletrônico em fevereiro

09 Jan 2024

90% ficam dependentes até os 18 anos

29 Aug 2020
Aviso de Privacidade
Nós usamos cookies para melhorar sua experiência de navegação no portal. Ao utilizar o Portal Médico, você concorda com a política de monitoramento de cookies. Para ter mais informações sobre como isso é feito, acesse Política de cookies. Se você concorda, clique em ACEITO.