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Além de trazer dor e sofrimento a pacientes e familiares, as tragédias no trânsito sobrecarregam o Sistema Único de Saúde (SUS). Na última década, as internações hospitalares decorrentes de acidentes de trânsito consumiram cerca de R$ 2,9 bilhões do SUS, em valores atualizados pela in¬flação do período.

Antonio Meira Júnior, diretor da Associação Brasileira de Medicina de Tráfego (Abramet) e membro da Câmara Técnica do CFM, lembra que os custos com os acidentes de trânsito vão além das hospitalizações. “Estamos falando de um custo médio de aproximadamente R$ 290 milhões ao ano – que obviamente foi investido para salvar vidas, o que é justificável. Se conseguíssemos diminuir o número de vítimas do trânsito, no entanto, teríamos

Fonte: Ministério da Saúde – Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH/SUS).
Notas: 1 Grupo de Causas: V01-V89. 2 Valores atualizados pelo IPCA.

um impacto muito grande também nas contas públicas. São recursos que poderiam ser direcionados para outras áreas prioritárias da assistência em saúde no País”, pontua.
Estimativas conservadoras, segundo ele, calculam em cerca de R$ 50 bilhões ao ano os gastos com acidentes, incluindo atendimento médico-hospitalar, seguro de veículos, danos a infraestruturas e perda ou roubo de cargas, entre outras despesas.

“É preciso lembrar que existem outros custos envolvidos, como absenteísmo por doença (falta ao trabalho por atestado ou licença-saúde), auxílios-doença e tudo o mais que o País tenha investido no indivíduo que veio a óbito ou ficou inválido em idade produtiva. Mais grave do que toda essa matemática, porém, são as sequelas físicas e emocionais – muitas vezes irreversíveis – que cada um desses acidentes deixa nas pessoas”.

Mortalidade – Segundo o levantamento do CFM, que considerou ainda dados do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) do Ministério da Saúde, só em 2016 (ano mais recente disponível) foram registrados 37.345 óbitos decorrentes de acidentes de transportes terrestres. Embora a quantidade seja a menor registrada no período analisado (de 2007 a 2016), o número de mortes tem avançado em alguns estados, sobretudo das regiões Nordeste e Norte do País.

Na região Norte, a mortalidade por acidentes subiu 30%, e no Nordeste houve um crescimento de 28% dos casos. No Centro-Oeste também houve aumento do indicador (de 7%), enquanto as regiões Sul e Sudeste apresentaram menor quantidade de óbitos em 2016 em comparação a 2007, com queda de 15% e 18%, respectivamente.
Embora os estados de São Paulo, Minas Gerais e Paraná liderem o ranking nacional em números absolutos de mortes no trânsito durante os últimos dez anos, Piauí foi a federação que apresentou o maior crescimento proporcional desse índice no período: 56%. Em 2007, 670 óbitos haviam sido registrados naquele estado, número que saltou para 1.047 dez anos depois. Na mesma proporção (56%), cresceram os registros de vítimas fatais no Maranhão nesse ínterim.

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