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Dilza Ribeiro: falta de infraestrutura prejudica atendimento de pacientes que vivem em áreas distantes

Quatro em cada dez municípios brasileiros que estão na zona de fronteira com outros países não possuem nenhum leito de internação disponível no Sistema Único de Saúde (SUS). Além disso, 92% das 588 cidades fronteiriças não contam com leitos em Unidade de Terapia Intensiva.

Os dados levantados pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) foram debatidos durante o IV Fórum de Médicos de Fronteira, realizado pela autarquia em Macapá (AP), no mês de junho, com a participação de representantes dos Conselhos Regionais de Medicina (CRM), da Secretaria Especial de Saúde Indígena do Ministério da Saúde, do Ministério dos Povos Indígenas, do Exército Brasileiro e da Comunidade Médica de Língua Portuguesa (CMLP).

No Brasil, 11 estados fazem fronteira com outros países: Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pará, Paraná, Rio Grande do Sul, Rondônia, Roraima e Santa Catarina. Neles, 588 municípios são considerados fronteiriços. Desse total, 268 (45%) não possuem hospital geral. Nas outras 320 cidades, existem 434 hospitais, volume inferior, por exemplo, ao que hoje funcionam apenas no estado da Bahia (497). Os dados são do Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES), coordenado pelo Ministério da Saúde.

Pelos dados oficiais, também é possível verificar que os municípios da região fronteiriça somam, juntos, 20.970 leitos de internação no SUS. Das 588 cidades da área, 238 não contam com leitos de internação na rede pública, e outras 154 tiveram uma redução dessa infraestrutura no período de 2014 e 2023.

“Sabemos que muitos destes municípios não têm estrutura nem demanda para manter um hospital geral, mas é imprescindível que se ofereçam condições mínimas de atendimento em casos mais graves. Em muitos lugares, um paciente tem que esperar dois ou três dias por um transporte que possa levá-lo ao hospital mais próximo”, explicou Dilza Ribeiro, coordenadora da Comissão de Integração de Médicos de Fronteira.

Levantamento do CFM identificou que as cidades que fazem fronteira possuem 2.711 Unidades Básicas de Saúde (UBS) ou Centros de Saúde, que têm como objetivo solucionar até 80% dos problemas de saúde da população local e integram a rede de atenção básica.

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