
Com alertas sobre casos de violência contra médicos e casos de gestores que pretendem submeter o profissional a trabalho escravo, o presidente do Conselho Federal de Medicina (CFM), José Hiran Gallo, deu início às discussões do II Webinar do Médico Jovem, realizado pela autarquia nesta terça-feira (2). Entre os exemplos relatados pelo diretor do CFM, Hiran citou o caso recente de uma médica diplomada há poucos anos gravemente ferida no rosto em uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA), no município de Aparecida de Goiânia (GO), demonstrou indignação com o crime e declarou que a profissional receberá o apoio dos Conselhos de Medicina. “Não podemos deixar isso acontecer. A pessoa jamais vai pensar que no local de trabalho, trazendo saúde para o paciente, será agredida pelo próprio paciente”, lamentou.

O coordenador da Comissão de Integração do Médico Jovem do CFM, Bruno Leandro de Souza, também destacou a preocupação com o tema. Nossa sociedade está doente, mas quando essa doença atinge os locais onde estão pessoas que saem de suas casas para ajudar, acolher, confortar, curar, quando possível, isso se torna muito mais assustador”, lamenta o conselheiro.

Resolução CFM – Como ação do Conselho no combate à violência contra médicos, o presidente do Conselho destacou a aprovação da Resolução CFM 2.444/2025, que “estabelece garantias de segurança para os médicos no exercício de sua atividade profissional em todas as unidades de saúde em funcionamento no território nacional e normas para a fiscalização e a interdição ética”. A norma é relatada pelo conselheiro federal pelo Rio de Janeiro, Raphael Câmara e foi editada pelo CFM em agosto.
A Resolução foi apresentada pelo relator após a abertura do seminário online, que pela manhã também discute temas como publicidade médica e as vantagens e desvantagens do trabalho médico como Pessoa Jurídica. Assista à íntegra do evento em CFM AO VIVO : II Webinar de Integração do Médico Jovem | Portal Médico