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Na manhã de quinta-feira (25), cerca de 100 manifestantes, entre médicos e estudantes de Medicina, realizaram protesto em frente ao prédio da reitoria da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). O movimento criticava o apoio da instituição de ensino ao programa “Mais Médicos”, lançado esse mês pelo Governo Federal. O programa, que possui caráter de medida provisória, prevê – entre outros pontos – que o estudante deve, obrigatoriamente, prestar dois anos de serviços ao Sistema Único de Saúde (SUS) ainda durante o período da graduação.

O principal ponto discutido pelos participantes do movimento era o imediatismo nas decisões cobradas pelo Governo junto às universidades do País. Para uma das médicas residentes em infectologia no Hospital Universitário Onofre Lopes (Huol), Roberta Lacerda, o quadro é absolutamente insustentável. “Essas medidas foram impostas às instituições de ensino de maneira ditatorial. Ora, como se pode cobrar adesão a um programa que nem está completamente elaborado ainda? Há muito pontos que necessitam urgentemente de um esclarecimento por parte dos ministérios da Educação e da Saúde”, pondera a residente.

Quanto às alegações e justificativas dadas pelos autores da proposta, a médica é taxativa. “Eles (os ministérios) se defendem, dizendo que essa seria uma maneira de dar ao estudante de Medicina a vivência prática no âmbito do sistema público de saúde. Segundo foi dito, os profissionais estariam muito mais bem preparados para exercer a Medicina com essa espécie de estágio probatório. A questão é que há mais de 12 anos o departamento responsável pela graduação em Medicina da UFRN tem um projeto político-pedagógico voltado à formação de generalistas, ou seja, já existe uma preparação adequada para formar profissionais perfeitamente capazes de exercer suas funções tanto na rede pública como privada”, enfatiza.

Após a realização do protesto, a reitora da universidade, Ângela Paiva, anunciou que a instituição não vai indicar imediatamente a adesão de assessores e consultores junto aos municípios do Rio Grande do Norte que aderiram ao programa.

O pró-reitor João Evangelista de Oliveira, juntamente com comissão formada por sete professores, deve avaliar os pontos em pauta na questão do programa e encaminhar as propostas à administração central da UFRN, que fará o encaminhamento ao Governo Federal em um prazo de 30 dias.

Roberta Lacerda enfatiza a importância do posicionamento da reitora Ângela Paiva frente ao problema. “A decisão da UFRN de analisar com mais calma foi coerente e sensata. As coisas não podem ser feitas através de imposição, precisamos saber detalhadamente no que consiste cada tópico do programa que vai ser impalantado. Essa foi a maior reivindicação do nosso protesto. Estamos muito satisfeitos com o resultado final da movimentação”, conclui.

 

Fonte: Portal JH

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