O I Workshop de Telemedicina e Telessaúde dos Conselhos Regionais de Medicina da Região Centro-Oeste tratou, nesta sexta-feira (20/09), sobre áreas em que a assistência à saúde por meio desse sistema pode facilitar a intervenção do médico e salvar vidas. Este é o caso da telecardiologia. O diretor clínico do Instituto do Coração do Triângulo Mineiro, Roberto Botelho, falou sobre os benefícios do rápido atendimento aos pacientes vítimas de infarto. “A telemedicina universaliza o acesso do paciente ao atendimento onde não há médico”, explica o cardiologista, aluno de doutorado em telemedicina da Universidade de São Paulo. Segundo ele, um eletrocardiogramas pode ser feito via internet ou telefone. Botelho explica que os sinais digitais são transmitidos à distância, o que torna possível fazer o diagnóstico e dar suporte ao atendimento, mesmo que o paciente esteja em uma aldeia indígena. A nova tecnologia também deverá propiciar agilidade no atendimento dos pacientes que estão em áreas longínquas da Amazônia. As dimensões territoriais da Região dificultam, à população do interior, o acesso aos serviços de saúde . “Um paciente com malária teve que remar 3 dias, com a esposa e o filho, para poder ser atendido”, conta o coordenador do Pólo de Telemedicina da Amazônia, Pedro Ivo. Ele relata que o trabalho de implantação da telemedicina no Amazonas teve o incentivo do CFM. “Avançamos bastante com o apoio do CFM. Foi quem nos deu o primeiro incentivo nesse trabalho”, conta Pedro Ivo. A meta do Centro é prestar atendimento online 24 horas. “Pretendemos oferecer assistência de plantão para que o médico possa dar orientações no atendimento de emergência, até que haja a transferência do paciente”, planeja Pedro Ivo.
Telemedicina leva o atendimento à saúde em áreas de difícil acesso
21/09/2007 | 00:00