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Os pacientes clientes de empresas de seguro-saúde que tiverem consultas ortopédicas na próxima quarta, dia 21, deverão telefonar com antecedência para seus médicos, para confirmar se o movimento de paralisação contra algumas seguradoras não afetará seu convênio. O alerta é do presidente da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia – SBOT, Osvandré Lech, que reconhece como necessário o movimento de pressão contra as seguradoras que pagam honorários aviltantes, mas não quer que os pacientes sejam afetados.        

“A Ortopedia sempre está ao lado da população”, diz o especialista, que relembra as campanhas vitoriosas que a categoria realizou, pelo uso do capacete pelos motociclistas, pela obrigatoriedade da cadeirinha de segurança para crianças nos automóveis e contra o consumo de álcool por quem deve dirigir um veículo, que contribuíram para que houvesse menos acidentes fatais, insiste Osvandré Lech.

Acontece, porém, que desde 2003 as seguradoras aumentaram o que cobram de seus clientes em quase 130% mas, no mesmo período, reajustaram em menos de um terço desse percentual o que pagam pelos procedimentos médicos. “Essa situação criou um problema para os profissionais, que atinge também os pacientes”, diz ele. É que com os recentes avanços da Medicina, os ortopedistas precisam de educação contínua, o que pressupõe comparecimento a congressos, cursos pela internet ou presencial e adquirir equipamentos sofisticados, importados e caros, e para isso necessitam honorários justos.

Se o médico recebe um pagamento insuficiente, não pode melhorar sua capacitação e não terá como oferecer o atendimento adequado que dele espera o paciente. É por isso que houve a paralisação nacional do dia 4 de abril, após a qual parte das empresas seguradoras sentou-se à mesa com os representantes dos médicos e acertou alguma atualização nos honorários.

“Alguns planos de saúde em vários e não em todos os Estados recusaram-se a conversar”, diz Osvandré, “chegaram a pressionar a Secretaria de Desenvolvimento Econômico para que tentasse proibir as paralisações”, quando o que se esperava é que o governo mediasse a questão.

Para levar essas empresas à mesa de negociação, a Federação Nacional dos Médicos convocou a paralisação para o dia 21 de setembro e os médicos das várias especialidades e também os ortopedistas estão decidindo caso a caso, através das Regionais de cada Estado, quais os convênios que deixarão de ser atendidos nessa data. “Será um movimento contra os abusos cometidos pelas operadoras, que incluem falta de honorários e também a inadmissível interferência na autonomia dos profissionais”, afirma o presidente da Fenam, Cid Carvalhaes.

A reivindicação é para que as seguradoras passem a pagar os procedimentos médicos de acordo com a CBHPM, isto é, a Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos e a celebração de contratos coletivos de trabalho, com regras definidas de admissão e descredenciamento e maior autonomia do profissional. Essa última reivindicação é para evitar que as empresas decidam por conta própria que exames e procedimentos devem ser autorizados ou negados para determinado paciente, o que é atribuição exclusiva do médico, que sabe o que é melhor para seu cliente.

Fonte: SBOT

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