A situação nos hospitais sob intervenção no Rio de Janeiro é grave até para a formação dos profissionais de saúde. Todos os seis hospitais têm no quadro residentes de medicina, estagiários de enfermagem e técnicos em enfermagem, embora não tenham certificação para tal. “Apesar de serem hospitais com residentes e com estudantes de graduação, a prefeitura não pediu certificação como hospital de ensino para nenhum deles”, afirma Ricardo Ceccim, diretor do Departamento de Gestão da Educação na Saúde do Ministério da Saúde. Levantamento parcial do Ministério da Saúde mostra que existem 148 médicos residentes nessa situação. Ceccim esteve na última segunda-feira (14) no Rio para avaliar a situação dos médicos residentes nos hospitais sob intervenção. Para ele, a solução é prolongar o programa de residência para que os médicos não tenham ainda mais prejuízos. “Fica claro que a qualidade do ensino está deficitária. Vamos ter de aumentar o tempo do programa”, afirmou. Ceccim disse que considera a intervenção necessária pela precariedade no atendimento, mas também pela pobre formação dos profissionais de saúde que estão nos hospitais. As unidades sob intervenção no Rio de Janeiro são: Hospital Souza Aguiar, Hospital Miguel Couto, Hospital Cardoso Fontes, Hospital da Lagoa, Hospital de Ipanema e Hospital do Andaraí. Segundo o presidente da Associação de Médicos Residentes do Estado do Rio, Diogo Leite Sampaio, os residentes trabalham 60 horas semanais e são responsáveis, junto com a equipe médica, pelo atendimento de 90% dos pacientes nos hospitais. “Tanto o futuro desses profissionais quanto o serviço prestado à população fica prejudicado”, disse ele. Segundo Sampaio, a associação colabora com a intervenção por acreditar que seja a única saída para a crise instalada no município. “A situação é muito grave”, enfatizou. De acordo com Sampaio, a situação pode piorar ainda mais. Ele informou que a prefeitura do Rio anunciou que não vai efetuar o pagamento das bolsas aos residentes. “A prefeitura recebeu R$ 7,8 milhões do Ministério da Saúde. Como dizem que não há previsão de pagamento?”, indagou. Diogo Sampaio avaliou as ações da prefeitura como catastróficas e disse que “a residência médica está se tornando inviável”. Hoje, auditores do Ministério da Saúde encontraram, no Hospital do Andaraí, um dos que estão sob intervenção, equipamentos de radiografia, cadeiras de rodas novas e vários equipamentos de alto custo que estavam sem uso no subsolo do hospital. Segundo os auditores, isso representa um grave desperdício e uma grave deficiência na gestão. A direção do Hospital do Andaraí entregou hoje cestas básicas aos funcionários, que estavam há três meses sem receber salários. O interventor do Ministério da Saúde, Sérgio Cortes, deve se encontrar com representantes dos hospitais das Forças Armadas no Rio para pedir apoio nos hospitais que Exército, Marinha e Aeronáutica mantêm na cidade. Fonte: Agência Brasil

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