Sindicatos dos Médicos de Mato Grosso Situação das UTIs em MT é destaque na mídia nacional e na Câmara Federal A crise no atendimento em UTIs do SUS em Mato Grosso foi destaque nesta sexta-feira na mídia nacional. A denúncia de que 150 pessoas teriam morrido no Estado, na fila de espera por uma UTI, foi publicada em matéria do caderno “Cotidiano” da Folha de São Paulo. A denúncia foi feita pelo Sindicato dos Médicos de Mato Grosso (Sindimed), a partir de informações da Central de Regulação do SUS. O assunto repercutiu também em Brasília. A denúncia do Sindimed foi apresentada no plenário da Câmara pelo deputado federal Carlos Abicalil, do PT. Quanto à reportagem da “Folha”, o repórter Hudson Corrêa, correspondente do jornal em Campo Grande (MS), publicou a matéria com informações do diretor de Imprensa do Sindimed, o médico Lúdio Cabral, do promotor de Defesa da Cidadania, Edmilson Costa e da assessoria da Secretaria Estadual de Saúde. O assunto voltará a ser discutido em Cuiabá na próxima terça-feira (20/05), às 13h30, no Plenarinho da Assembléia Legislativa. A situação das UTIs será debatida numa Audiência Pública da Comissão de Educação, Cultura e Desporto da Assembléia, convocada pela presidente da comissão, a deputada Verinha Araújo, do PT. Para esta audiência foi convocada a secretária estadual de Saúde, Luzia Leão e convidados representantes do Sindimed, Sindicados dos Hospitais, Ministério Público e Secretaria Municipal de Saúde. A matéria publicada pela Folha informa que a denúncia do Sindimed está sendo investigada pelo Ministério Público e que o fato também já foi comunicado ao Ministério da Saúde. A assessoria da Secretaria de Saúde, cuja fonte não foi citada, alegou que, na denúncia, o sindicato não teria levado em conta que vítimas de acidentes ou de violência podem chegar sem vida ao hospital. Conforme Lúdio, 40% das pessoas internadas em UTIs apresentam problemas de hipertensão, diabetes ou doenças respiratórias. O Sindicato pediu a investigação do Ministério Público para se obter respostas quanto aos 150 casos de mortes relatados, em que as vagas em UTIs foram solicitadas pela Central de Regulação, mas não foram obtidas.