Biografias nunca são definitivas, mas é na junção de relatos que se chega ao perfil mínimo de uma pessoa. Amigo, protetor, honesto, cumpridor dos seus deveres, devotado e vocacionado para a especialidade que abraçou. Um exemplo de competência e, sobretudo, de caráter, a ser seguido pelas novas gerações, resume o pediatra Nelson Barros. É como será lembrado o conselheiro do Cremeb durante nove anos Antonio Fernando da Silva Silvany, falecido no dia 31 de dezembro de 2002. Segundo membro mais assíduo da casa, ele foi, durante todo esse tempo, integrante da ex-Comissão e hoje Departamento de Fiscalização, e presidia, há cerca de seis meses, a 1ª Câmara do Tribunal de Ética Médica. Na sessão plenária do dia 10 de janeiro, Silvany, como era normalmente tratado, foi homenageado pela ex-colega de turma Cremilda Figueiredo. Eles se conheceram em 1951, quando se preparavam para prestar o Vestibular, e dividiram momentos de estudo e lazer. A conselheira enalteceu a bravura e o espírito elevado, protetor e cavalheiresco do amigo. Foram estagiários do Hospital das Clínicas e funcionários do Estado. Para o corregedor do Cremeb, Abelardo Meneses, a dedicação que Antonio Silvany demonstrava, diariamente, pelo Conselho era uma das suas virtudes. Quando acumulou o cargo de presidente da 1ª Câmara, teve a impressão de que o colega não suportaria o volume de trabalho. “Ele não só aceitou a proposta, como desenvolveu suas atividades com muita garra e proficiência”, frisou. “O seu perfeccionismo por vezes me causava impaciência, mas a abnegação, a completa doação à causa da ética na medicina sempre me fizeram respeitá-lo e admirá-lo”, completa o vice-presidente do Cremeb, Jorge Cerqueira. A conselheira Maria Madalena de Santana, coordenadora do Departamento de Fiscalização, foi quem mais conviveu com o pediatra e tem a mesma opinião. “Ele se caracterizou, na Comissão de Fiscalização, pelo trabalho dedicado e, também, pela forma carinhosa como tratava a todos. Estava sempre com a agenda cheia de entrevistas. Analisava prontuários, emitia pareceres, atendia aos médicos que solicitavam esclarecimentos e visitava unidades. Era o meu braço direito”, acentua. O médico a quem conheceu em 1964, como estagiária no seu consultório de Pediatria, será, para ela, eternamente um modelo: de profissionalismo, justiça, espírito humanitário e cidadania. Dele recebeu as primeiras lições de ética, que repassou, anos mais tarde, para seus estagiários. O respeito ao pudor da criança e o cuidado em, antes de prescrevê-la, colher a sua história e fazer o exame clínico detalhado, por maior que fosse a clientela do lado de fora, faziam parte da sua conduta. “Ele também dizia que o médico nunca deve se esconder por trás de uma rubrica, e sim identificar-se, escrever o nome da medicação em letra de imprensa, conversar com a mãe para não haver dúvidas, e, jamais, desprezar informações dos avós”, diz. Antonio Silvany nasceu no dia 8 de julho de 1932, em Salvador. Formou-se em Medicina em 1957, pela Ufba, tendo sido um dos assistentes do mestre Hosannah de Oliveira, uma das maiores referências em Pediatria na Bahia e no Brasil. Muito de sua formação pessoal e cultural também se deve a seu padrinho, irmão e conselheiro Anibal Silvany Filho, um dos mestres da medicina baiana. Como médico, Silvany foi chefe do berçário da Maternidade Tsylla Balbino, trabalhou no ambulatório A do INSS na Rua Carlos Gomes e fiscalizou postos do INSS no interior da Bahia no começo da carreira. Foi também sócio do Pronto-Socorro da Vitória e tinha consultório no Edifício Fernandez. Filho de, Aníbal Muniz Silvany, médico humanitário e de grande clientela, e de Antonieta Cachoeira Silvany, era casado com Leda Silvany, com quem teve três filhos. Seu corpo foi sepultado no dia 31 de dezembro de 2002, no Cemitério da Ordem 3ª de São Francisco.

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