No primeiro dia de paralisação, os servidores estaduais de saúde da Paraíba se reuniram na praça Sete de Setembro, em frente ao Palácio da Cultura, onde funciona provisoriamente a governadoria. Em reunião com a comissão de saúde da Assembléia Legislativa, o Sindicato dos Médicos (Sinmed) e o Sindicato dos Trabalhadores em Saúde (SindSaúde) conseguiram agendar para esta quinta, às 10h, uma reunião com o chefe do Gabinete Civil, Gustavo Carvalho, para negociar as reivindicações da categoria. A paralisação termina hoje (25). Dentre as exigências dos servidores, está o cumprimento do Plano de Cargos, Carreira e Remuneração. “O Plano foi implantado em julho de 2007, mas só passamos a receber em outubro. São três meses que não foram pagos. Além disso, o plano tem o dispositivo que, a cada dois anos, o funcionário muda de nível e tem um aumento no salário. Mas isso não está sendo obedecido”’, declarou a secretária do Sinmed, Giana Escócia. Os funcionários também reivindicam melhores condições de trabalho e aumento de 23,5%. O percentual foi calculado pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócio-Econômicos), com levantamento das perdas salariais desde 2005, quando foi definida a tabela do Plano de Cargos, Carreira e Remuneração. De acordo com o novo plano, o salário dos médicos com contrato de 20 horas semanais passaria para R$ 1.300, e para aqueles com contrato de 40 horas semanais, R$ 2.600. “Não há dignidade no atendimento. A população está recebendo atendimento desumano. Faltam profissionais, faltam equipamentos, faltam medicamentos”, disse o presidente do Sinmed, Geraldo Ferreira. “Nossa expectativa é que denunciando a situação, possamos sensibilizar o governo”, completou. Segundo o presidente do sindicato, duas reuniões já foram realizadas com a secretaria de planejamento para tratar da pauta de reivindicações, mas nas duas vezes receberam resposta negativa. Os servidores não descartam a possibilidade de greve, mas Geraldo Ferreira informou que não há nenhuma assembléia marcada para votar um indicativo de greve. De acordo com informações da assessoria de imprensa da Secretaria Estadual de Saúde, “a Sesap vem trabalhando junto ao governo do Estado para atender às reivindicações da categoria”’. Atendimento Os sindicalistas informaram que 30% dos profissionais continuam trabalhando normalmente durante a paralisação. Os atendimentos ambulatoriais foram suspensos, e apenas casos de urgência e emergência são atendidos. Apesar da paralisação, os hospitais Walfredo Gurgel e Gizelda Trigueiro tiveram movimentação dentro da normalidade. Já no Hospital Santa Catarina, cerca de 20 pessoas aguardavam o atendimento de apenas um médico, na manhã de hoje. Fonte: DN Online
Servidores da saúde conseguem reunião com o governo paraibano durante protesto
25/09/2008 | 03:00