Referência no tratamento de diversos tipos de tumor, o Centro Estadual de Oncologia (Cican) investe em mais um serviço para facilitar a rotina de seus pacientes, oferecer tecnologia de ponta e dar maior precisão e precocidade ao diagnóstico. O Serviço de Imagem, um pavilhão equipado com dois aparelhos de ultra-sonografia, um de radiologia convencional e um tomógrafo computadorizado, foi inaugurado em novembro de 2002, com capacidade para oferecer 20 mil atendimentos, públicos e de qualidade, por mês. “Já tínhamos alguns mamógrafos e aparelhos de ultra-som, mas o investimento mostrou-se essencial. Os novos aparelhos trazem maior agilidade para iniciar o tratamento e dão um diagnóstico mais exato. A demanda por eles era muito grande”, diz a diretora do Cican, Sônia Sampaio. Nomeado Pavilhão de Imagem José Maria de Magalhães Netto, em homenagem ao ex-secretário de saúde do Estado, a unidade era um sonho antigo da instituição. Nos quase dois anos que levou para ficar pronto, foram investidos cerca de R$ 2 milhões. A radiologista responsável pelo setor, Mônica Torres, explica que a ampliação decorreu não apenas da necessidade, mas também da filosofia do Cican, como um centro de saúde, de proporcionar aos pacientes a realização da maior parte da assistência na própria unidade e em menos tempo que o habitual. “Era bem dispendioso fazer um exame e esperar 15 dias pelo resultado. Ainda mais para um paciente canceroso, que tem urgência. Com este novo serviço, o paciente é atendido na mesma hora e sempre na próxima consulta o médico já tem o laudo preciso”, ressalta. A radiologista lembra que, nos últimos sete anos, o Cican cresceu muito, não só fisicamente, mas em qualidade profissional: oferece atendimento nas áreas de ginecologia, urologia, proctologia, cabeça e pescoço, oncologia clínica, serviço social, enfermagem, além de possuir três salas de cirurgia. “O paciente do Cican faz tudo aqui. Com o Serviço de Imagem estamos dando praticidade às etapas de diagnóstico e tratamento”, afirma a diretora, Sônia Sampaio. Para ela, com essa concentração de serviços, os pacientes se sentem mais confiantes na assistência prestada. “Pacientes oncológicos são, em geral, mais carentes. É preciso dar uma maior atenção a eles”, completa Mônica Torres. Tratamento humanizado Para evitar que se abatam durante o tratamento, o Cican também oferece aos pacientes serviços humanitários, palestras e promove um bazar a fim de expor trabalhos realizados por eles. A presença irreversível, mas necessária, de máquinas na condução dos atendimentos médicos é abrandada com uma assistência mais próxima e individual. “Cada paciente é diferente do outro e o médico, por vocação, deve sempre dar o seu melhor a todos. Às vezes, ele não tem nem o que oferecer, mas só o apoio naquele momento já é um conforto”, diz a radiologista Mônica Torres. Ela explica que, no Cican, o Serviço de Imagem tem sempre interação com as outras áreas para orientar os pedidos de exame, o que evita que os pacientes repitam o mesmo procedimento várias vezes, ficando expostos à radiação das máquinas. Desde a inauguração em novembro, o Serviço de Imagem já se encontra com a unidade de Raio-X em funcionamento, atendendo a uma demanda espontânea de cerca de 20 a 30 pacientes por profissional e por turno. O tomógrafo computadorizado, imperativo para a definição dos diagnósticos, está sendo implantado. “O Governo está agora descentralizando o dinheiro e nós estamos começando a fazer o exercício financeiro para a compra de filmes, contrastes etc”, explica a diretora, Sônia Sampaio. Com o tomógrafo em atividade, a previsão é realizar 50 exames por dia. Isso beneficiaria tanto pacientes da capital quanto do interior, pois o Cican também recebe pacientes do SUS vindos de outras unidades do Estado. Segundo a radiologista Mônica Torres, outro benefício para os pacientes é o atual aumento na procura pela residência em radiologia. “Esta é uma área complexa e completa, que exige um conhecimento global de várias especialidades”.