Em discurso nesta quinta-feira (08/12), o senador Amir Lando (PMDB-RO) pediu ao ministro da Saúde, Saraiva Felipe, alocação de recursos para a saúde pública de Rondônia. O dinheiro seria usado para a conclusão de 14 hospitais localizados em municípios remotos do estado. Lando criticou o corte de recursos orçamentários para a saúde e pediu que isso não voltasse a acontecer. – Reveja a questão e libere as emendas que foram alocadas para a saúde – apelou ao ministro o senador. Lando afirmou que a situação é grave na saúde pública em Rondônia, onde, segundo ele, há “descaso, abandono e desrespeito pela cidadania, pela Constituição e pelas leis”. O senador contou que na época em que era governador do estado, o atual senador Valdir Raupp (PMDB-RO) conseguiu recursos iniciais para construir 14 hospitais em municípios remotos do estado, como São Francisco, que fica em uma região isolada, a 400 km da BR 364. Mas, acrescentou, essas obras não foram concluídas e estão paradas por falta de dinheiro. O senador também sugeriu a criação de uma comissão externa do Senado para acompanhamento da aplicação de recursos na saúde pública. Lando afirmou que a saúde precisa ser vista com determinação política pelos parlamentares e que o Congresso deve exercer seu direito de fiscalizar. O senador considera tão importante fiscalizar quanto legislar e, em sua opinião, não adianta abarrotar o país com leis sem verificar se são cumpridas. O discurso recebeu apoio dos senadores Leonel Pavan (PSDB-SC), Gerson Camata (PMDB-ES) e Marcelo Crivella (PRB-RJ). O senador Tião Viana (PT-AC) reconheceu que ainda falta muito a fazer, mas destacou que o governo federal vem investindo na melhoria das condições de saúde pública e que estados e municípios precisam fazer sua parte. Senador Magno Malta critica ministro da Saúde Em seu discurso, o senador Magno Malta (PL-ES) afirmou que, ao tentar audiência com o ministro da Saúde, Saraiva Felipe, para tratar de problemas do Hospital Evangélico de Cachoeiro de Itapemirim, foi informado de que o ministro somente poderia atendê-lo daqui a seis meses. Magno Malta disse que, se o ministro leva seis meses para atender um senador, a população não pode ter esperança numa fila de hospital público. Além de criticar o ministro, Magno Malta manifestou apoio ao movimento nacional desencadeado no último dia 18 pelas Santas Casas de Misericórdia e hospitais filantrópicos para que o governo federal reajuste a tabela de remuneração do Sistema Único da Saúde (SUS). Em aparte, o senador Romeu Tuma (PFL-SP) sugeriu a Magno Malta que apresente requerimento convocando o ministro Saraiva Felipe para audiência pública sobre a saúde na Comissão de Assuntos Sociais (CAS). Fonte: Agência Senado
Senadores pedem recursos e atenção do MS
09/12/2005 | 02:00