A FrentePE, a exemplo da Frente Nacional contra a privatização, discute o atual processo de desmonte do aparelho de estado em áreas caras à população, como saúde e educação, e os mecanismos de apropriação das estruturas públicas por parte de interesses privados.
De acordo com um dos coordenadores da FrentePE, o médico Antônio Jordão,as conseqüências são nefastas, no curto, médio e longo prazo para a maioria da população: servidores e serviço público e sobretudo a qualidade do serviço prestado à população. Porque ficam corrompidos os princípios constitucionais do SUS.
Ele citou como exemplo do estado de São Paulo, hoje com a saúde dominada por Organizações Sociais, que no início vendiam uma imagem de “ilhas de excelência”, e atualmente trabalham com déficit e sobrecarga de funcionários desmotivados e sob assédio em alta rotatividade, além das discriminações no atendimento aos pacientes.
Jordão ressaltou que, como se não bastasse a grande insuficiência de leitos da rede pública, o governo paulista ainda aprovou lei (suspensa pela Justiça) que retira 25% dos leitos públicos para serem ofertados aos planos de saúde, que cresceram muito nos últimos anos, porém não tem mais leitos para ofertar aos novos usuários. E aí querem usar os leitos públicos para seus benefícios privados.
“Em Pernambuco temos em curso um franco processo de privatização na saúde, contestado por entidades de classe e conselhos de saúde, que precisa ser discutido com toda a sociedade. E a nossa Frente se propõe a fazer essa discussão”, frisou
*Haverá concentração às 12 horas na frente do Hospital da Restauração.
Entidades da Frente: ADUPE, APMR, CGTB, CREFONO4, CRO-PE, CSP-CONLUTAS, CTB, CUT-PE, DA FENSG, DA Medicina UPE, DAMUC, DENEM, FEMOCOHAB, FENAM, Força Sindical, Intersindical, MTC-PE, OAB-PE, SEEPE, SIMEPE, SINDIBIO, SINDSAÚDE-PE, SINDSPREV, SINDUPE, SINJUPE, UGT, UGT PE