Instituição endossa parecer publicado pelo CFM, que não reconhece a existência de tal especialidade médica no Brasil
Em resposta à reportagem veiculada no programa Fantástico no dia 5 de agosto e ao parecer publicado pelo Conselho Federal de Medicina nesta segunda-feira, a Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica vem a público explicitar que apoia o posicionamento do CFM e condena as práticas da Medicina Antienvelhecimento.
Envelhecer é um processo natural, gradativo e contínuo que se inicia no nascimento e se estende por todas as etapas da vida. O envelhecimento não é uma doença, e não deve ser tratado como tal. É impossível deixar de envelhecer ou combater o envelhecimento.
As terapias tradicionalmente oferecidas pela Medicina Antienvelhecimento – como o uso de hormônios, a reposição de nutrientes e a prescrição de vitaminas e antioxidantes – não têm eficácia cientificamente comprovada para retardar ou reverter o envelhecimento. Pelo contrário: aumentam o risco de diversas doenças e problemas de saúde, entre os quais o câncer.
O parecer do CFM no 29/12, publicado nesta segunda-feira, 6 de agosto, pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), explicita que não se reconhece no Brasil a especialidade médica de antienvelhecimento, assim como também não há registros na União Europeia e nos Estados Unidos.
A SBCD repudia a oferta de terapias sem respaldo científico que se proponham a interromper um processo inerente ao desenvolvimento humano. A Medicina pode e deve empreender todos os esforços em prol deum envelhecimento saudável, que permita a manutenção de uma vida ativa e independente até uma idade avançada. É a busca por esse envelhecimento saudável que deve orientar a atuação dos médicos e profissionais de saúde, e não a busca pela interrupção de um processo indissociável de nosso ciclo vital.
Diretoria da SBCD – Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica