O presidente do Conselho Regional de Medicina da Paraíba (CRM-PB), Dalvélio Madruga, enviou, ontem (20/09), um ofício aos gestores de saúde do Estado e do município e aos representantes do Ministério Público Estadual e Federal solicitando, com urgência, providências para se evitar conseqüências de proporções gravíssimas em relação à situação da saúde na Paraíba. O documento foi entregue ao secretário de Saúde do Estado, Geraldo Almeida, à secretária de Saúde de João Pessoa, Roseane Meira, à curadora da Saúde, Ana Raquel Beltrão, ao procurador do Trabalho, Eduardo Varandas, e à procuradora Geral de Justiça da Paraíba, Janete Ismael. Nota Oficial Em virtude da situação difícil da Saúde Pública Brasileira, por descompromisso, falta de vontade política, insensibilidade, desrespeito à Carta Magna pelos nossos governantes, principalmente Governo Federal, repassando responsabilidades aos gestores estaduais e municipais, encaminho perplexo, apreensivo, denúncia grave dos médicos Ortopedistas e Traumatologistas, bem como, Carta Nordeste elaborada na ocasião do II Encontro de Secretários de Saúde da Região Nordeste, no último dia 11 na cidade de Fortaleza, onde estiveram presentes representantes das entidades médicas, encaminhando ao Exmo. Sr. Ministro da Saúde, José Gomes Temporão, relato e solicitação de providências urgentes e concretas sobre a Saúde Pública no Região. Está evidente que a SAÚDE não é prioridade, é patente o desprezo à população, é flagrante a intenção de desmoralizar, denegrir, execrar, os profissionais de Saúde; especialmente médicos, pois estão na ponte do atendimento das urgências, emergências em procedimentos de média e alta complexidade. Se o Sistema Único de Saúde fosse cumprido em sua essência, UNIVERSAL, IGUALITÁRIO E INTEGRAL, estaríamos, não resta dúvida, vivenciando verdadeiro GENOCÍDIO. Não podemos ser responsabilizados pela incompetência governamental, em todas as evoluções desfavoráveis, sermos obrigados a desempenhar atividades em condições precárias e desfavoráveis , e muito menos, praticar trabalho voluntário. Diante do exposto, peço providências urgentes a fim de evitarmos conseqüências de gravíssimas proporções.