Profissionais de saúde de maternidades públicas de grande porte situadas em capitais de Estados brasileiros vão ser capacitados a implementar estratégias para humanização da atenção obstétrica e neonatal e adoção de procedimentos de eficácia comprovada cientificamente. A capacitação, de iniciativa do Ministério da Saúde, será feita durante o I Seminário Nacional sobre Atenção Obstétrica e Neonatal Humanizada Baseada em Evidências Científicas. O evento acontece de 25 a 29 de outubro, na Maternidade Escola Vila Nova Cachoeirinha, em São Paulo. O aprimoramento da qualidade dos serviços que atendem à mulher e ao recém-nascido, principalmente das maternidades, através do fortalecimento da capacidade técnica de seus profissionais, integra o elenco de ações prioritárias do Pacto Nacional pela Redução da Mortalidade Materna e Neonatal. O Pacto visa diminuir em 15% o número de mortes de mulheres e de bebês com até 28 dias de vida, até o final de 2006. No Brasil, morrem, anualmente, mais de duas mil mulheres e mais de 38 mil recém-nascidos em decorrência de abortos e de complicações na gravidez, no parto e no pós-parto. Neste Seminário, serão capacitados 60 profissionais, entre diretores clínicos e chefes dos serviços de Obstetrícia, Enfermagem e Neonatologia, de maternidades de Porto Alegre, Florianópolis, Curitiba, São Paulo, Rio de Janeiro, Vitória, Salvador, João Pessoa, Aracaju, Maceió, Recife, Campo Grande e Brasília. Num outro seminário, previsto para o período de 22 a 26 de novembro, no Hospital Sofia Feldman, em Belo Horizonte, será a vez das capitais dos demais Estados brasileiros. Seleção – Participam dos seminários representantes de maternidades com grande volume de parto, de referência para gestantes de alto risco, que demonstram interesse na melhoria da qualidade da atenção obstétrica e neonatal, em que a direção tenha compromisso para com a humanização e a incorporação das práticas baseadas em evidências científicas, e com disponibilidade para apoiar outras unidades do Sistema Único de Saúde a igualmente aprimorarem os serviços prestados à mulher e ao recém-nascido. Já os instrutores deste I Seminário são ligados ao Ministério da Saúde, ao Centro Latino-americano de Perinatologia da Organização Mundial de Saúde, Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), Associação Brasileira de Obstetrizes e Enfermeiras Obstétricas (Abenfo) Centro de Humanização das Práticas Terapêuticas do Hospital São Pio X, do município goiano de Ceres, e da Maternidade Escola Vila Nova Cachoeirinha e do Hospital Santa Marcelina, da cidade de São Paulo. Eles vão abordar como temas a situação de morbi-mortalidade materna e neonatal no Brasil; o Pacto Nacional pela Redução da Mortalidade Materna e Neonatal; os direitos sexuais e reprodutivos enquanto direitos humanos; os fundamentos éticos e filosóficos da humanização da atenção ao parto e nascimento; os fundamentos e boas práticas em atenção obstétrica e neonatal baseadas em evidências científicas; a abordagem integral do ciclo gravídico-puerperal, com a preparação da mulher para o parto, o aleitamento materno e os cuidados com o recém-nascido; a assistência ao pré-parto, parto e pós-parto normais; a assistência às principais intercorrências obstétricas e neonatais; o controle da transmissão vertical de Sífilis, HIV e Hepatite B e a assistência à mulher portadora de HIV durante o parto e o puerpério; a assistência humanizada à mulher em situação de abortamento, e as urgências e emergências maternas. Fonte: Ministério da Saúde