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A tuberculose é uma doença que atinge, atualmente, um terço da população mundial, com cerca de 8 milhões de casos novos a cada ano, o que significa 23 mil doentes detectados por dia. São 2 milhões de mortes por ano, 5 mil mortes a cada dia, uma morte a cada 15 segundos. No Brasil, existem 92.472 tuberculosos, numa taxa de incidência de 48,4 por cada grupo de 100 mil habitantes. Os números assustam, principalmente porque o país está entre os 22 onde ocorrem 80% dos casos de tuberculose em todo o mundo. Para manter o Brasil na luta contra a doença, o ministro Humberto Costa e o secretário de Vigilância em Saúde, Jarbas Barbosa, iniciaram nesta quinta-feira (17/3), em Brasília, as atividades em torno do Dia Mundial de Luta Contra a Tuberculose, comemorado em 24 de março. Além da reapresentação da campanha publicitária “Tuberculose tem remédio”, foram divulgadas as ações e metas para 2005. De acordo com Jarbas Barbosa, este ano haverá repasses fundo-a-fundo de recursos para intensificação das ações de vigilância e controle da tuberculose. Sob essa rubrica, a Portaria 2.405/04 garante o repasse de R$ 1.620.000,00 aos 26 estados e ao Distrito Federal. A Portaria 2.646/05 envia R$ 2.866.641,05 a 155 municípios prioritários na luta contra a tuberculose e uma outra portaria, ainda a ser publicada, remete a 159 municípios, também prioritários, recursos da ordem de R$ 1.565.173,76. Um repasse de R$ 2 milhões, como incentivo aos estados e municípios prioritários que alcançarem a meta de 90% ou mais de informação sobre o acompanhamento dos casos notificados será pactuado na Comissão Intergestora Tripartite de abril. Até o final deste mês, estará concluído o processo de contratação de uma força-tarefa contra a tuberculose. São 35 consultores para os 26 estados e Distrito Federal. A campanha publicitária no rádio e na TV teve início nesta quinta e se estenderá até o próximo dia 24. Além disso, haverá a instalação da Parceria Brasil contra a Tuberculose, envolvendo instituições da sociedade civil, cujo fórum de lançamento foi realizado em novembro de 2004. A instalação da comissão executiva da parceria e o início dos seus trabalhos ocorrerão até o fim deste semestre. Também já estão definidas a ampliação da cobertura do diagnóstico laboratorial expansão da cultura para 25 estados, com teste de sensibilidade para 20 estados; a capacitação gerencial dos laboratórios centrais para atuação como lideranças das redes estaduais de laboratórios em tuberculose; a capacitação de multiplicadores e de técnicos dos municípios prioritários para baciloscopia e sistema de informações laboratoriais de tuberculose. Será finalizada, ainda, a etapa de planejamento do Inquérito Nacional de Resistência às Drogas Tuberculostáticas. Desafios – O secretário Jarbas Barbosa ainda apontou os desafios assumidos pelo Ministério da Saúde no combate à tuberculose em 2005: aprimoramento do sistema de informações, com limpeza do banco de dados; melhoria da oportunidade e completude dos dados; avanço na descentralização das ações do programa para atenção básica e ampliação da cobertura do tratamento supervisionado; ampliação da cobertura do diagnóstico e implantação da avaliação de qualidade da rede laboratorial; ampliação da parceria contra a tuberculose em estados e municípios; e um maior envolvimento dos gestores municipais e estaduais. No Brasil, a idade média do doente de tuberculose é 36 anos. A maioria (64,5%) dos doentes é do sexo masculino. Do total, 80% são analfabetos ou fizeram o ensino fundamental e 20% têm ensino médio ou superior. O sucesso do tratamento é de 71% e a mortalidade fica na faixa de 3,2/100.000 habitantes. Segundo dados da Secretaria de Vigilância em Saúde, cerca de 6 mil pessoas morrem todos os anos no país em decorrência da tuberculose. Nos últimos anos, a média de detecção foi de 85 mil novos casos. Por conta disso, o Programa Nacional de Controle da Tuberculose (PNCT) é uma das prioridades do Ministério da Saúde e conta, hoje, com o maior investimento dos últimos dez anos. Até 2007, serão aplicados R$ 119,5 milhões. A tuberculose é uma doença grave, transmitida pelo paciente ao falar, espirrar ou tossir, por meio das gotas de secreção respiratória que se propagam pelo ar. Causada por um microorganismo, o bacilo de Koch, cientificamente chamado Mycobacterium tuberculosis, a enfermidade pode atingir todos os órgãos do corpo, em especial os pulmões. O tratamento, que dura seis meses, não pode ser abandonado em hipótese alguma.

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