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Caso a prefeitura não suspenda desconto ilegal na gratificação do PSF e nem aprove reajuste, calendário de paralisações a partir da próxima semana deve ser aprovado em assembleia
 
Médicos da Secretaria Municipal de Saúde de Florianópolis (SC) irão suspender os atendimentos nos postos de saúde nesta quarta-feira (07/03) à tarde. A partir das 15h, os profissionais estarão mobilizados em frente à prefeitura da capital onde dirigentes do Conselho Regional de Medicina de Santa Catarina (Cremesc) e do Sindicato dos Médicos do Estado de Santa Catarina (SIimesc) e o corpo clínico do município reúnem-se com os secretários municipais de Governo, Administração, Planejamento e Saúde para tratar mais uma vez da suspensão ilegal do desconto na gratificação do Programa de Saúde da Família (PSF) e sobre o reajuste na mesma gratificação.
 
No período da mobilização, a agenda nos mais de 50 postos de saúde da capital será fechada. As unidades de Pronto Atendimento (UPAs) norte e sul funcionarão normalmente. “Reforçamos que os postos de saúde não fecharão, apenas os médicos não realizarão atendimento nesta quarta-feira)”, afirma o diretor clínico da prefeitura de Florianópolis, Renato Figueiredo.
 
Às 18h30, os médicos realizam assembleia no hotel Floph. Caso a reunião com os secretários municipais não tenha  respostas positivas, os médicos poderão aprovar calendário de paralisações previstas para iniciarem na próxima semana.
 
 
O movimento – Levantamento baseado no Diário Oficial de Florianópolis aponta que no período de um ano e meio pelo menos 100 médicos pediram exoneração da prefeitura. Os profissionais entendem que as demissões estão relacionadas diretamente à baixa remuneração.
 
 “Com esse desconto que já foi comprovado que é ilegal na gratificação do PSF, deixou de ser atrativo trabalhar para a prefeitura de Florianópolis. Os profissionais começaram a procurar outras cidades, inclusive na Grande Florianópolis, onde a remuneração é melhor e não há o desconto ilegal”, afirma Renato Figueiredo.
 
De acordo com o diretor clínico da prefeitura, nos últimos nove meses, pelo menos seis processos seletivos foram feitos para contratar novos médicos. “E mais grave ainda é que dos que foram aprovados poucos continuam trabalhando. Quem acaba prejudicada com isso é a população, que fica sem médico e não consegue criar o vínculo médico-paciente, tão importante para um tratamento de saúde de melhor qualidade”, explica.
 
Sobre o prejuízo à população com esta segunda suspensão de atendimento (a primeira foi em 24/02), o médico lembra que a falta de profissionais no serviço municipal de saúde tem colocado os pacientes em situações constrangedoras. “Os relatos de demora para consultas com especialistas, demora para atendimento nas UPAs estão cada vez mais frequentes. Não há médico suficiente para atender a demanda. Esse já é o maior prejuízo que a população está tendo. Nossa luta portanto, não é somente para nossa melhor remuneração e suspensão do desconto ilegal, mas também nossa preocupação em melhor atender nossos pacientes”, diz Renato Figueiredo.
 
 

Negociação – Em reunião no dia 23 de fevereiro entre representantes dos médicos e os secretários municipais de Governo, de Planejamento, de Administração e Saúde, foi proposta a criação de uma comissão para avaliar a forma de alterar a redação do decreto 441/98, que mal interpretado, está gerando o desconto ilegal na remuneração dos médicos.

 
Sobre o reajuste de 15% na gratificação do PSF, os gestores informaram que primeiro será feita a análise do impacto financeiro para em seguida ser avaliada a possibilidade de reajuste aos médicos.
 
“Estamos investindo na negociação desde maio do ano passado e neste período não paralisamos os atendimentos apostando que a questão será resolvida. Esperamos que nesta reunião haja uma solução definitiva”, afirma o secretário geral do Simesc, Cesar Ferraresi.


Fonte: Simesc

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