Os médicos do Estado do Rio de Janeiro, reunidos em assembléia no dia 20 de junho, aprovaram os valores de consulta a R$ 42,00 e CH 0,36 para negociação de reajustes de honorários com as operadoras de seguros e planos de saúde. Os médicos ainda decidiram que não vão aceitar a imposição da Cassi/Banco do Brasil aos médicos para a assinatura de contratos como “moeda de troca” para a implantação da Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos (CBHPM), uma vez que há o prazo até 14 de agosto, estipulado pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), para a assinatura dos mesmos. Durante a assembléia, os médicos não aceitaram os valores de reajuste apresentados pelas empresas Dix, Amil e Golden Cross por considerá-los insuficientes. A Dix propôs reajuste da consulta do plano coletivo de R$ 23,00 para R$ 25,40, e do plano individual de R$ 33,00 para R$ 36,30; o CH passaria de 0,30 para 0,33. Já a Amil ofereceu consulta a R$ 38,00 a partir de agosto, e CH de R$ 0,32 a partir de setembro. Os representantes da empresa ressaltaram que estão fazendo esforços para que sejam adotados códigos e nomenclaturas da CBHPM, mas não se referiram a valores. A proposta da Golden Cross é reajustar a consulta de R$ 34,00 para R$ 38,00 a partir de agosto, e o CH de R$ 0,30 para R$ 0,3231. A operadora sinaliza a implantação da CBHPM em 31 de julho, mas ainda está discutindo os valores. As seguradoras Sul América e Bradesco estavam se recusando a se reunir com as entidades médicas, mas já marcaram reuniões. As entidades médicas também se reuniram com representantes da Unidas/RJ para abordar o descumprimento do acordo de implantação da CBHPM por várias empresas do grupo e a resistência em negociar regionalmente a proposta de contrato elaborada pela Unidas nacional com a AMB e o CFM. Foi ressaltado que o acordo não estava sendo cumprido, já que apenas sete empresas do grupo tinham implantado a CBHPM, enquanto 30 ainda não a adotaram. As entidades médicas reafirmaram aos representantes da Unidas/RJ que os médicos não vão aceitar que os honorários fiquem congelados até que as empresas do grupo decidam implantar a Classificação. Durante a assembléia, os médicos ainda decidiram manter o prazo até 14 de agosto para que as operadoras de seguros e planos de saúde implantem a CBHPM, já que várias delas continuam não acenando com um cronograma para tal. Também ficou decidido que os médicos não vão mais aceitar o pagamento de valor diferenciado para consultas de planos coletivos e individuais. Além disso, foi aprovada a elaboração de uma lista, a ser divulgada na imprensa, das operadoras de seguros e planos de saúde que não estão praticando os reajustes de honorários. Entre elas, estão Amil, Golden Cross, Cassi, Caarj, Dix, Medial, Rio Med, Sul América, Bradesco e Medservice. No dia 4 de julho, os dirigentes da Central Médica de Convênios se reuniram com representantes das Sociedades de Especialidade. As negociações com as operadoras continuam até a próxima assembléia geral, prevista para o dia 11 de julho, às 20h, no Centro Empresarial Rio (Praia de Botafogo, 228). Fonte: Assessoria de Imprensa da Somerj
RJ: Médicos aprovam valores de reajustes para negociação
07/07/2005 | 03:00