Em reunião realizada pelo SINDMED/AC na noite de ontem (24/02), no auditório do CRM/AC, os médicos analisaram a proposta de aumento salarial que foi oferecida pelo governo do Estado à categoria na última terça-feira (22/02). A proposta foi rejeitada por unanimidade de todos os sindicatos dos servidores da Saúde na terça-feira mesmo, mas o SINDMED/AC, com o intuito de mobilizar e conscientizar a categoria médica apresentou os valores oferecidos pela equipe do governo aos profissionais que compareceram a reunião. O SINDMED/AC já havia feito, também no dia 22, uma contraproposta a que foi oferecida pelo governo e hoje (25/02), sexta-feira, os representantes da administração estadual darão uma resposta ao pedido. O Sindicato está tentando negociar com base e em cima do plano salarial já existente. No entanto, a proposta apresentada na terça-feira pelo governo foi insatisfatória ao desejo dos médicos. A mesma reduziria o teto salarial de R$ 3.183,96 para R$ 2.240,00 e ainda, a cada três anos, ofereceria uma reposição de R$ 140,00 em cima do piso estipulado (R$ 1.400,00). Pela proposta, a partir do 18° ano e até o 30°, para as médicas, não haveria mais evolução de carreira. Para os médicos, a interrupção do progresso se daria do 18° ao 35° ano. A idéia do governo em equiparar o piso salarial de todos os servidores do estado também não agrada a categoria – todo servidor de nível superior do Estado ganha R$ 1.200,00 de salário base inicial. Os médicos acreditam que cada um é cada um. A Dra. Maria Luíza declara que, pelo fato do médico levar de a 10 a 12 anos para obter uma formação e começar a atuar não pode fazer com que ele seja tratado de forma igual aqueles que levam quatro ou cinco anos. Diante dos fatos o presidente do SINDIMED/AC, Dr. José Matheus Arnaldo dos Santos, voltou a pedir o engajamento e colaboração dos colegas para a obtenção de sucesso no objetivo que está sendo visado: “Precisamos de organização e força para conseguir o que queremos. Por isso e para isso é necessário cooperação de todos os colegas. Não adianta 30 ou 40 se engajarem e 200 não quererem nada com o mundo”, alertou. O médico otorrinolaringologista, Antônio Clementino da Cruz Júnior, enfatiza que a categoria não vai conseguir nada enquanto estiver lutando ao lado dos outros sindicatos da Saúde. Para ele, é preciso que cada um busque o que quer, separadamente: “Enquanto estivermos discutindo salários temos que estar desatrelados dos outros sindicatos. Não querendo desmerecer as outras categorias, mas temos que lutar por nós”. Em nenhum momento, durante os encontros que já aconteceram para discussão do reajuste salarial, se falou em paralisação. A contraproposta oferecida pela equipe econômica do governo será apresentada pelo SINDMED/AC aos médicos em uma reunião na noite de hoje a partir das 19h30, mais uma vez no auditório do CRM/AC.
Reunião entre médicos aconteceu para discutir proposta de reajuste salarial apresentada pelo governo
25/02/2005 | 03:00