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A Associação Paulista de Medicina (APM), por meio do seu Comitê Multidisciplinar de Medicina Psicossomática, realiza em 26 de março de 2011 encontro científico para discutir a resiliência do médico no serviço público, particular e convênios.  

“Será tratada a importância do profissional de saúde de manter a cognição, a capacidade de compreensão e análise crítica para o bom atendimento. O médico exerce seu trabalho em situações-limite, sob muita pressão, estresse e outros fatores que alteram a sua capacidade de compreensão e avaliação crítica, muitas vezes chegando ao “burnout”, avalia o dr. Artur Zular, presidente do Departamento de Medicina Psicossomática da APM.

Dr. Artur ressalta que a pressão e o estresse nos profissionais dos serviços público e convênios são mais evidentes. “Má remuneração, péssimas condições de trabalhos, falta de opções na escolha do tratamento mais adequado, carga horária, falta de tempo para estudar e se atualizar, entre outros fatores, acabam colocando o médico em situações críticas. A resiliência é a capacidade de suportar o estresse e até ultrapassá-lo de forma apropriada”.

Embora o desenvolvimento dos distúrbios psicossomáticos seja influenciado também pelo caráter genético, questões culturais e sociais são as maiores responsáveis por alterar a desenvoltura do profissional, que acaba desenvolvendo gastrite, obesidade, enxaqueca, problemas cardíacos e distúrbios do sono. Além disso, cresce o número de médicos com problemas de alcoolismo, tabagismo acentuado ou que fazem uso impróprio de tranquilizantes e outras drogas.

Especialidades mais afetadas e relação com o paciente – Profissionais que trabalham em emergências, centros de terapia intensiva e especialidades cirúrgicas geralmente são os mais afetados devido ao estresse inerente da função. Este aspecto é agravado pela falta de condições de prestar um bom atendimento e pela grande ingerência burocrática, afirma o dr. Artur. Segundo ele, médicos que atendem em ambulatórios também são constantemente pressionados, vítimas muitas vezes de agendamentos inadequados, que impedem um exame físico adequado do paciente, bem como a devida prescrição terapêutica.  

“Os problemas do médico acabam afetando a sua relação com o paciente, pois ele deseja ter mais tempo para a consulta, mas não é possível por conta da grande demanda. É frustrante tanto para o médico como para o paciente”, completa o dr. Artur.

O evento é destinado aos médicos e profissionais de saúde e aos interessados na área.

Reunião Científica de Psicossomática
Data: 26 de março de 2011
Horário: 9h às 12h30
Local: APM
Endereço: Av. Brigadeiro Luis Antonio, 278 – Bela Vista – SP
Informações: (11) 3188-4281 – Departamento de Eventos

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