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Na manhã do sábado, 12, atendendo convocação do CRM e do SINDMED, os médicos que integram o corpo clínico do Hospital Maternidade Bárbara Heliodora estiveram reunidos com as diretorias das duas entidades para avaliar a atual e grave situação em que opera aquela unidade de saúde. Durante o encontro foi notório o clima de preocupação manifestado pelos presentes com relação aos graves problemas estruturais, organizacionais e até de suprimento de material. Ressaltaram que tais problemas comprometem não só o bom êxito do seu trabalho, senão principalmente a segurança e a qualidade do serviço que deve ser dispensado às pacientes que ali são atendidas. Destacaram que por não se tratar de problemas recentes ou desconhecidos da Administração Superior, a questão exige sejam adotadas medidas urgentes por parte do CRM e do Sindicato, para buscar soluções imediatas, sobretudo no que tange ao preenchimento das escalas de plantonistas, à garantia de lotação de outros profissionais imprescindíveis para a boa prática médica, como é o caso dos anestesistas, pediatras e clínicos, ademais do ininterrupto serviço de ultra-som. A escala de médicos diariamente está minimizada e desguarnecida principalmente de anestesistas, situação que, em diversos casos, obriga a encaminhar as pacientes a outros centros hospitalares, para evitar a ocorrência de riscos maiores. Ficou patente que a unidade não mais suporta o volume de pacientes que lhe são direcionados, sendo necessária a repactuação de quotas com outras casas de saúde e, em especial, com centros e postos do Sistema Único de Saúde, hoje gerenciados pelo município de Rio Branco. A Maternidade Bárbara Heliodora, em razão de restrições impostas ao Hospital Santa Juliana e à Santa Casa, completamente excluída, foi obrigada a ter de aumentar sua capacidade operativa, com todos os malefícios que isso pode acarretar para os servidores e o atendimento que estes prestam, já que o prédio não dispunha de infra-estrutura e nem de pessoal para tanto. O irracional incremento do número de leitos (passou de 60 para 80), foi agravado com o brutal aumento dos atendimentos, conforme pode ser constatado no resumo abaixo: Período: Outubro/2003 e Outubro/2004 Parto Normal: 85 (Outubro 2003); 210 (Outubro 2004); 147% (Incremento) Cesarianas: 56 (Outubro 2003); 88 (Outubro 2004); 57% (Incremento) Curetagens: 123 (Outubro 2003); 150 (Outubro 2004); 21% (Incremento) ___________________________________________ Período: Novembro/2003 e Novembro/2004 Parto Normal: 70 (Novembro 2003); 171 (Novembro 2004); 144%(Incremento) Cesarianas: 58 (Novembro 2003); 92 (Novembro 2004); 58% (Incremento) Curetagens: 105 (Novembro 2003); 130 (Novembro 2004); 23% (Incremento) ___________________________________________ Período: Dezembro/2003 e Dezembro/2004 Parto Normal: 92 (Dezembro 2003); 175 (Dezembro 2004); 90% (Incremento) Cesarianas: 49 (Dezembro 2003); 117 (Dezembro 2004); 138% (Incremento) Curetagens: 98 (Dezembro 2003); 120 (Dezembro 2004); 22% (Incremento) ____________________________________________ Esse volume de pacientes e procedimentos impôs a transformação das enfermarias em locais de risco, de vez que até os mínimos espaços recomendados pelas normas técnicas deixaram de ser observados para instalar novos leitos. Para agigantar o quadro, apenas um, dos dois centros cirúrgicos, continua a funcionar devidamente, enquanto somente existem seis leitos para pré-parto, sendo o mínimo recomendável doze. Assim, impõe-se como imperioso para a continuidade do atendimento em condições mínimas, a imediata recomposição do quadro de servidores que atuam naquela Casa, bem como a recuperação e condicionamento de toda a infra-estrutura e, especialmente da sala cirúrgica desativada, ademais da implantação de pelo menos mais seis leitos de pré-parto. Do encontro resultou a decisão do CRM e o Sindicato adotarem providências imediatas para, juntamente com a Coordenadoria especializada do Ministério Público do Estado, manter reunião de trabalho com o Secretário de Saúde, visando ao estabelecimento de medidas urgentes para debelar o problema, antes que o caos atual possa provocar danos de maior extensão e dor que os já provocados.

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