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Reinaugurado em agosto de 2010, após três anos de obras de modernização e restauro, o Hospital Pedro II, instalado nas dependências do complexo hospitalar do Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira (IMIP), em Recife (PE), voltará a pleno funcionamento até dezembro deste ano.

Já funcionam no hospital os serviços de hemodiálise para adulto, radioterapia, reabilitação motora e medicina nuclear – este último com a tecnologia PET/CT, único hospital 100% SUS do país a oferecer esse serviço. Até o fim do ano, deverão ser instalados a Unidade Geral de Transplante, com transplantes de coração, rins, pâncreas, córnea, medula óssea e fígado, a unidade de cuidados paliativos (primeira do SUS) no País, clínica médica e oncológica, além das UTIs clínicas, de neurocirurgia e cardíaca.

O 1º vice-presidente do CFM, Carlos Vital Tavares Corrêa Lima, destaca a importância da  iniciativa: “a revitalização do Pedro II é uma obra meritória do IMIP e vem ao encontro dos anseios da classe médica brasileira. Particularmente, da grande quantidade de médicos que tiveram o privilégio de uma formação naquele Hospital”, ressalta o conselheiro federal pelo Estado de Pernambuco. Segundo ele, a revitalização “constitui-se ainda como uma obra de extrema importância à assistência à saúde da população mais carente do Estado e da região nordestina, por oferecer todas as condições necessárias às atenções à saúde de complexidade secundária e terciária.”

O restauro e compra de mobiliário custaram R$ 24,3 milhões, fruto de doações. Para equipar os prédios, foram gastos mais R$ 13 milhões, sendo, desses, R$ 6 milhões oriundos de verba de emenda parlamentar. Com o funcionamento total, o IMIP passa a disponibilizar para a população carente da região cerca de 200 novos leitos e o número de internamentos, por ano, subirá. “Anualmente, 48 mil pessoas são internadas no Imip. A pretensão é aumentar para 57 mil. As consultas, que hoje atingem 60 mil, devem acompanhar o crescimento”, avalia o presidente do IMIP, Antonio Carlos Figueira.

Por iniciativa deste Instituto, o Hospital Pedro II foi tombado como patrimônio histórico de Pernambuco, através da Fundarpe, para que a estrutura física não seja alterada. A obra de restauro e modernização custou R$ 24,5 milhões, com parceria dos governos federal, estadual e municipal, além do apoio da iniciativa privada.

O Hospital Pedro II dispõe, no subsolo, de um centro de reabilitação física e motora. A área mede 610 metros quadrados e prestará assistência a pessoas com deficiência física. O prédio abriga uma unidade de medicina nuclear, oferecendo exames com tecnologia PET-CT para detecção e diagnóstico precoce de tumores, além de serviços de radioterapia e hemodiálise para adultos. No primeiro andar, ficarão a clínica médica, oncologia, unidade de cuidados paliativos e a UTI clínica. Já no pavimento superior, serão instaladas a unidade de transplantes e UTI, além de Neurocirurgia e Cirurgia Cardíaca.

Revitalização valorizou projeto original – A revitalização do Hospital Pedro II baseou-se no projeto original do arquiteto Mamede Alves Ferreira, datado de 1847. De acordo com o restaurador do projeto, o arquiteto Jorge Passos, o conceito principal buscou valorizar o trabalho original. “Eliminamos tudo que não tinha valor do projeto”, explicou. Ele informou que as atividades do centro médico se adaptaram a obra. “A função hospitalar ficou mantida, mas algumas atividades necessitaram de adaptações, a exemplo das máquinas de radioterapia. Houve discretas alterações no projeto original”, informou.

O Hospital Pedro II, tem semelhanças com o Hospital Lariboisière, de Paris, na França. Este último foi construído em 1854, enquanto o “irmão” pernambucano foi inaugurado em 1861. “Até a década de 50, o edifício acompanhou o projeto original de Mamede Ferreira. A capela foi a última construção que obedeceu aos traços do projeto de Mamede. Hoje, ela não tem as feições, mas mantém as linhas gerais”, conta Jorge Passos. A primeira planta do hospital previa dez alas de enfermaria, sendo cinco de cada lado da capela e divididas por sexo. Atualmente, esse número foi reduzido para seis, mantendo os nomes de santos, como no prédio original.

Solenidade de abertura – Durante o discurso na solenidade de reinauguração, em 16 de agosto, o presidente do IMIP, Antonio Carlos Figueira, destacou a importância histórica que o hospital tem para o Estado. “Estamos devolvendo hoje ao povo mais um emblemático e importante hospital. O Pedro II nasceu para ser grande”, enfatizou Figueira, agradecendo em público a todos que contribuíram para o soerguimento da unidade de saúde.

A centenária unidade de saúde, que estava praticamente em ruínas, teve sua arquitetura original restaurada, mas com as estruturas e equipamentos mais modernos em termos de saúde. “Essa é uma noite de resgate. O IMIP devolve ao povo o mais emblemático e mais importante hospital construído em terras pernambucanas”, afirmou o presidente do IMIP.

De acordo com o ministro da Saúde, José Gomes Temporão, a reinauguração do Hospital Pedro II tem um significado simbólico. “Acho que é um momento muito especial para a cidade, porque recupera um símbolo da arquitetura, para a medicina pernambucana e para o próprio Sistema Único de Saúde”, destacou.

A reinauguração desta antiga unidade hospitalar foi bastante prestigiada pela sociedade pernambucana e teve como anfitrião o presidente do IMIP, Antonio Carlos Figueira. Além do ministro da Saúde, José Gomes Temporão, estiveram presentes à cerimônia, o tataraneto de dom Pedro II, dom João de Orleans e Bragança; a primeira dama do Estado, Renata Campos, representando o governador Eduardo Campos; o prefeito do Recife, João da Costa; o reitor da UFPE, Amaro Lins, o arcebispo de Olinda e Recife, dom Fernando Saburido; os secretários de Saúde do Estado e do Recife, Frederico Amâncio e Gustavo Couto, respectivamente,  entre outras personalidades.

Fonte: IMIP

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