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A desigualdade na distribuição dos postos de trabalho entre os setores público e privado se acirra nas capitais, onde a razão de posto de trabalho médico ocupado em estabelecimentos privados é de 7,81 por 1.000 habitantes usuários de planos, mais que duas vezes o índice encontrado entre médicos e usuários do SUS (4,30 médicos por 1.000 habitantes).

 

O Espírito Santo é a unidade da federação com maior desigualdade entre capital e o resto do estado. Enquanto no estado o índice de médicos por usuários do SUS é de 2,54 por 1.000, ele chega a 7,67 entre beneficiários de planos. Em Vitória, esses números sobem para 25,52 e 15,72, respectivamente.

 

Chama a atenção especialmente o número de postos ocupados por médicos em estabelecimentos públicos por habitante no SUS (25,52 por 1.000 habitantes), o que corresponde a 6,8 vezes mais que a média de todas as capitais. Cuiabá, Macapá, Teresina, Belém, Porto Velho, Rio Branco, Boa Vista, Palmas, São Luiz, Maceió, Salvador, Campo Grande e Brasília têm menos de 3 postos de trabalho médico ocupados no SUS por 1.000 usuário do serviço público.
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Como se viu na comparação por estados, também entre as capitais a relação posto de trabalho médico ocupado por usuário de plano de saúde não segue a lógica dos mais pobres e mais ricos. Rio, São Paulo, Belo Horizonte e Florianópolis têm entre 5,5 e 7,8 postos ocupados por 1.000 usuários SUS.  Dos seis estados com mais de 10 postos ocupados em estabelecimentos privados por 1.000 usuários de planos, três estão no Nordeste, um no Norte, outro no Sul e outro é o Distrito Federal.

 

Entre as capitais, das 15 com mais de 10 médicos fora do SUS por 1.000 usuários privados, cinco estão no Nordeste, três no Norte, três no Centro-Oeste (incluindo o Distrito Federal), três no Sul e duas no Sudeste. É no universo dos planos de saúde, tanto nas capitais como nos estados, que se observam as maiores distorções na demografia médica. A razão da maior “densidade médica privada” em estados economicamente pobres pode ser explicada pela presença frágil do estado. E pelos bolsões de riqueza e concentração de renda (onde estão os clientes de planos de saúde), o que acentua a desigualdade na distribuição de médicos.


 

 
Acesse aqui a íntegra da pesquisa Demografia Médica no Brasil: dados gerais e descrições de desigualdades.


 

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