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Sete meses já se passaram desde que foi lançada a Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos (CBHPM) e ela ainda não foi implantada em nenhum Estado brasileiro. A Classificação demorou três anos e meio para ser concluída e é o resultado de um estudo feito pela Fipe, em São Paulo, com um custo elevado, pago pela Associação Médica Brasileira (AMB) e pelo Conselho Federal de Medicina (CFM). Com os estudos concluídos, a Classificação foi oficialmente lançada aqui em Vitória em julho do ano passado. Depois disso, as comissões estaduais começaram os trabalhos para a implantação regional da Classificação. Mas não está fácil negociar com os donos de planos de saúde. A tabela tem uma variação que pode ocorrer 20% para menos ou para mais, sobre o valor estabelecido para a consulta que é de R$ 42,00. Ou seja, o valor pode variar de R$ 33,60 até R$ 48,00. Isso é para facilitar a regionalização da Classificação, esclarece o membro da Comissão Estadual de Implantação da Classificação, Dr. José Lorenzo Solino. Ele o Dr. Getúlio Camporez são os representantes do Conselho Regional de Medicina, CRM-ES, na comissão. O Espírito Santo saiu na frente na implantação da Classificação porque tem a Lei Estadual 6628/01 que confere ao Conselho Regional de Medicina, CRM-ES, a capacidade de estabelecer os preços das consultas. “Com isso, nós resolvemos chamar todos os planos de saúde para sentar e conversar a respeito da implantação. A primeira reação dos donos de planos de saúde foi de que não poderiam pagar o preço estabelecido pela Classificação. Mas vale lembrar que os médicos estão há nove anos sem ter aumento de salário e todo ano os planos de saúde quando mandam a planilha para o Governo Federal solicitando reajuste incluem um aumento nos honorários médicos, só que nunca repassam o valor conseguido”, ressalta Dr. Solino. Segundo ele, a necessidade de implantação é urgentíssima porque os consultórios estão quebrando, não tem mais como arcar com as despesas. “Tudo sobre, salário de atendentes, luz, água, telefone e outras coisas e o preço da consulta nada. Aí fica difícil. Mas como os donos de planos de saúde insistem em dizer que não têm como implantar a Classificação aqui no Estado, surgiu a idéia de se implantar usando um escalonamento. Você começa com um valor e vai progressivamente aumentando conforme a capacidade dos planos de absorver esse aumento. Mas nem isso alguns estão querendo”, explica. Então como resolver o impasse, achar uma solução? “O que eu acho é que é preciso parar de conversar e começar a agir. Estabelecer prazos e fazer com que sejam cumpridos. E olha que os valores que estamos apresentando já são de julho do ano passado. De lá para cá já houve nova defasagem. No final de janeiro a Unimed deu um importante passo mostrando que deve começar a implantar alguma coisa em breve, esperamos que dentro de 60 (sessenta) dias. Isso já é um grande avanço. O médico capixaba tem que entender o seguinte, o momento é esse, se a Unimed está dando o passo inicial estabelecendo um valor de mercado, o médico que não trabalhar com o valor mínimo, tendo como base o que a Unimed vai pagar, ele estará cometendo dois equívocos, o de não estar lutando pela melhoria da classe que ele faz parte e segundo, ele vai estar matando a medicina capixaba no que diz respeito aos planos de saúde”, alerta Dr. José Solino. Para o Dr. Getúlio Camporez é hora de parar de conversar e cobrar respostas dos planos de saúde. “Nós já conversamos com todos os planos de saúde, demos prazo e agora, em fevereiro, esperamos a resposta deles. Eles já fizeram os estudos do impacto e agora queremos as respostas. Não queremos que a implantação seja arbitrária, mas é preciso que os planos de saúdem entendam que os preços atuais estão impraticáveis. Muitos médicos estão fechando seus consultórios, mas não vemos o fechamento de planos de saúde. Vamos implantar essa Classificação e todos os planos terão que seguí-la. Quem não conseguir, infelizmente, que fechem as portas. Não vamos ficar mais trabalhando para bancar planos de saúde”, diz ele.

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