CRM VIRTUAL

Conselho Federal de Medicina

Acesse agora

Prescrição Eletrônica

Uma solução simples, segura e gratuita para conectar médicos, pacientes e farmacêuticos.

Acesse agora
Só o uso correto da camisinha pode prevenir essas doenças

 O infectologista amazonense Nelson Barbosa fez o alerta, em palestra proferida sobre DST’s e Antiretrovirais, em mais um módulo do Curso de Educação Médica Continuada, realizado nos dias 8 e 9 de outubro, no Conselho Regional de Medicina de Rondônia (Cremero), sobre os riscos das Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST’s),para médicos e acadêmicos de medicina de todo o Estado e recomendou o diagnóstico e o tratamento precoce como forma de evitar que as doenças atinjam uma parcela maior da população.

Segundo Barbosa, o portador de uma DST tem oito vezes mais chance de ser infectado pelo vírus HIV (AIDS). “A palestra foi pensada de forma que alerte para o risco eminente das DST’s em relação a AIDS. Se o médico trabalha com o diagnóstico e com o tratamento precoce da DST, há uma grande chance de se evitar que as doenças atinjam um número maior da população, evitando ainda que o doente possa ser um veículo de infecção do HIV”, explica.

Sobre a palestra, que foi direcionada principalmente a clínicos gerais, Barbosa diz que procurou trabalhar pouco as questões teóricas, mostrando mais casos práticos “do dia-a-dia, do ambulatório, do pronto socorro e do consultório médico”. A estratégia, segundo ele, é para que os participantes possam aplicar o raciocínio diagnóstico. “Muitas vezes, pelo raciocínio diagnóstico e pela história clínica do paciente, você consegue chegar mais perto do diagnóstico em vez de aplicar tratamentos que podem até mascarar o sintoma da doença, prejudicando mais ainda esse portador de DST”.

Aos médicos, o infectologista chamou a atenção para a questão da infecção hospitalar. “No Amazonas, três profissionais da saúde se infectaram num acidente ocupacional com pacientes portadores do vírus HIV”. Quando ocorrer esse tipo de infecção, Barbosa aconselha que, no período de até uma hora, o médico procure o serviço da coordenação estadual de DST e AIDS ou, no hospital onde ele trabalha, a Comissão de Infecção Hospitalar, para orientação sobre o que deve ser feito.

“Recomendamos as situações em que deve ser realizada a sorologia no paciente fonte, que ocasionou o acidente, porque, muitas vezes, esse paciente não tem como autorizar o teste. A medida é proibida, mas o MS (Ministério da Saúde) faculta ao médico realizar o teste nesses casos, porque é uma questão de saúde pública, ou seja, eu tenho que aplicar o antiretroviral no profissional de saúde em até uma hora após o acidente. E quando um parente do paciente chegar o médico deve explicar que foi uma situação de emergência, para que fique tudo esclarecido. Esses cuidados são pautados na ética médica”.

Para Nelson Barbosa, a sorologia compulsória é uma questão polêmica, “não é permitida em lugar nenhum”. “O MS só autoriza quando é caso de saúde pública e o paciente não pode responder (quando, por exemplo, está entubado, sedado ou no CTI). O acidente ocupacional é um desses casos de risco à saúde pública. Mas o paciente ou parente deve ser avisado sobre o procedimento logo que possível”. De acordo com o infectologista, o MS, várias vezes, entrou na Justiça para evitar que as Forças Armadas peçam a sorologia compulsória dos recrutas. “Então é proibida”.

Nelson Barbosa atua em vários centros de saúde, inclusive na Fundação de Medicina Tropical de Manaus, e é professor preceptor no hospital 28 de Agosto.

Fonte: Cremero

Aviso de Privacidade
Nós usamos cookies para melhorar sua experiência de navegação no portal. Ao utilizar o Portal Médico, você concorda com a política de monitoramento de cookies. Para ter mais informações sobre como isso é feito, acesse Política de cookies. Se você concorda, clique em ACEITO.