No dia Mundial da Saúde, comemorado nesse domingo (7), cerca de 500 pessoas, entre médicos, estudantes de medicina e representantes de entidades da sociedade civil, comemoraram a data com uma manifestação na Praia de Copacabana, na qual denunciaram a grave situação da saúde pública no Rio de Janeiro. Durante o protesto, foram destacadas a falta de concurso público com salário digno e de carreira de Estado para o médico – principal motivo para a carência de recursos humanos nas unidades de saúde –, a gratificação prometida pelo Ministério da Saúde aos médicos federais, o piso salarial de R$ 10.412,00 e o repúdio à privatização da gestão pública de saúde e à importação de médicos estrangeiros sem a revalidação do diploma.

foto_manifestacao_cremerjPromovida pelo Conselho Regional de Medicina do Rio de Janeiro (Cremerj), pelo CFM, pela Fenam e pelo Sinmed-RJ, o ato teve sua concentração em frente ao hotel Copacabana Palace, por volta das 10h. Em seguida, os médicos caminharam com faixas e cartazes em prol da valorização da medicina e de um atendimento de qualidade à população.

“Estamos comemorando o Dia Mundial da Saúde de forma diferente para mostrar a nossa insatisfação com a situação de calamidade que vivencia a saúde pública. Na semana passada, reunimo-nos com o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, e, infelizmente, foi uma grande decepção para a nossa categoria. Ele não mostrou interesse pela maioria das nossas reivindicações, o que nos impulsionou ainda mais a realizar esse protesto para mostrar a força dos médicos. Temos que nos unir, porque, de fato, estamos numa luta”, declarou a presidente do Cremerj, Márcia Rosa de Araujo.

“Estamos nas ruas para denunciar o sistema público de saúde. Não existem profissionais que trabalhem em condições iguais à nossa, vendo nossos pacientes serem afetados diariamente pela falta de respeito do poder público. Temos uma sensibilidade humana e política, por isso protestamos. Em todo o Brasil, há médicos em manifestação pelo Dia Mundial da Saúde, porque estamos numa situação que muito nos preocupa. Pedimos mais 10% do orçamento federal para a saúde. A arrecadação de imposto bate recordes no país, então dinheiro há. Temos esperanças de que as coisas melhorem, mas sabemos que isso só acontecerá com luta”, disse o vice-presidente do CFM e conselheiro do Cremerj, Aloísio Tibiriçá. Ele lembrou que na próxima quarta-feira, 10, haverá um protesto em Brasília por mais recursos para a saúde.

O presidente do Sinmed-RJ, Jorge Darze, frisou a importância da união dos médicos para que haja resultados, assim como destacou o vice-presidente da Fenam, Otto Baptista. “Precisamos do apoio de todos os colegas, inclusive dos jovens, que, aliás, estão em massa nessa manifestação e, por isso, os parabenizo. Sabemos que a situação das emergências é péssima”, afirmou Baptista. Ele ressaltou a audiência realizada semana passada entre representantes das entidades médicas com a presidente Dilma Rousseff, em que foi tratada a questão dos médicos federais. “Ela assumiu a responsabilidade e disse que quer solucionar essa questão”, informou o presidente da Fenam.

Gama Filho – A manifestação também recebeu o apoio dos alunos da Universidade Gama Filho, que estão sem aulas e hospital-escola. Usando faixas, os estudantes denunciaram a incompetência da mantenedora Galileo Educacional em gerir a instituição. Também mostraram indignação com o Ministério da Educação por até o momento não ter feito nada de concreto. “Lutamos contra a Galileo há dois anos. Desde a sua entrada, só vemos a situação piorar, com o fechamento de laboratórios, a falta de pagamento do salário dos professores, a carência de infraestrutura, além de outros problemas, que culminaram com as suspensões das aulas. Há três semanas, tentamos nos reunir com o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, mas ele sempre desmarca as reuniões”, desabafou Rafael Callado, presidente do Centro Acadêmico de Medicina da Universidade Gama Filho.

Integrantes da Associação de Pais e Alunos da Universidade Gama Filho, formalizada no último sábado, 8, no auditório do Cremerj, também protestaram. O presidente da entidade, Paulo Roberto Fernandes, pediu a adesão de todas as escolas médicas e alertou que o momento caótico que vive a Gama Filho pode atingir qualquer universidade.

A manifestação foi apoiada ainda pela Associação dos Médicos Residentes do Estado do Rio de Janeiro (Amererj), que destacou a falta de insumos e as más condições de trabalho, dificultando o aprendizado.

Funcionários do hospital municipal Raphael de Paula Souza, em Curicica, também aderiram à campanha. O hospital teve os serviços de cirurgia geral e de ginecologia fechados na última semana sem nenhuma explicação.

Também participaram da manifestação os conselheiros Luís Fernando Moraes, Nelson Nahon, Erika Reis, Arnaldo Pineschi, Kássie Cargnin, Pablo Vazquez, Armindo Fernando da Costa, Marcos Botelho, José Ramon Blanco, Marília de Abreu, Sidnei Ferreira e Sergio Fernandes, membros das associações médicas de bairros e do Sindicato da Saúde e Previdência (Sindsprev), além de representantes de sociedades de especialidade e de várias outras entidades.


Fonte: Cremerj
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