A necessidade de reconhecimento imediato da especialidade de Emergência Médica para promover o crescimento e o conhecimento gerado na área, e a implantação da residência, aliada a uma política de reconhecimento dos médicos que já trabalham na área, foram alguns dos principais avanços registrados no II Fórum Nacional de Urgência e Emergência do Conselho Federal de Medicina (CFM), que aconteceu nesta quinta e sexta-feira, em Brasília (DF).
O coordenador do II Fórum, Mauro Luiz de Britto Ribeiro, explicou que esta e outras questões agora serão encaminhados pela Câmara Técnica de Urgência e Emergência do CFM – por ele coordenada –, com contribuição das câmaras técnicas estaduais e dos demais segmentos envolvidos.
Os participantes também elegeram outros tópicos que precisam de atenção e serão focalizados pelo CFM. Entre eles está o comprometimento das equipes de Terapia Intensiva na supervisão e acompanhamento da sala vermelha dos pacientes críticos, visando instituição precoce de protocolos, agilização de pacientes para UTI e intercâmbio de conhecimento entre equipes.
Foi consenso a necessidade de implantação de um sistema de classificação de risco (triagem), que poderá ser realizado por enfermeiro sob supervisão médica. Também será estudada e encaminhada a proposta de que as emergências disponham de um médico gerente de fluxo (regulador interno) para agilização da transferência interna de pacientes, com atuação junto às equipes de especialidades do hospital e atuação externa junto ao SAMU e centrais de regulação.
Outro ponto destacado pelos participantes foi que a aplicação do conceito “vaga zero” deve respeitar o limite e a capacidade dos serviços de emergência. Os profissionais entendem ainda que é necessário uma atuação incisiva junto ao Ministério da Saúde para promover aumento de leitos vinculados aos serviços de emergência.
Confira na próxima semana no Portal Médico a íntegra das apresentações dos participantes.
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