“Não é possível admitirmos uma saúde sem médicos, a medicina sem médicos”, afirmou o presidente do Conselho Federal de Medicina, Edson de Oliveira Andrade, durante o debate sobre a gestão de recursos humanos do SUS, que encerrou o Simpósio sobre Política Nacional de Saúde, promovido pelas comissões de Seguridade Social e Família da Câmara e de Assuntos Sociais do Senado, em parceria com a Frente Parlamentar da Saúde. A afirmação foi feita em resposta a críticas ao projeto de lei que regulamenta o ato médico. Para o presidente do CFM, o projeto em nenhum momento prejudica o funcionamento do SUS, ao contrário, estabelece parâmetros para um atendimento adequado à população. Edson Andrade disse ainda que o SUS não possui financiamento adequado desde sua fundação: “Se não há financiamento e se a gestão é de baixa qualidade, como os trabalhadores em saúde serão atendidos?”, perguntou. Edson Andrade, criticou os critérios de distribuição dos profissionais no País, informando que, enquanto em Brasília existe um médico para 220 habitantes, 20 municípios do Amazonas não possuem nenhum com atuação regular. O SUS, segundo ele, conta com 320 mil médicos, 111 mil enfermeiros, 200 mil odontólogos e 85 mil farmacêuticos., mas sua distribuição pelo país é injusta. O presidente do CFM também reclamou da política de flexibilização das contratações, adotada desde os anos 90, que tornou precárias as relações de trabalho ao retirar a estabilidade dos profissionais. “Não existe um mínimo de segurança, e quem perde é a população”, alertou. Edson Andrade afirmou que o Estado brasileiro mente quando diz que se preocupa com os recursos humanos na área de saúde e sua gestão, com o SUS e com a formação de seus trabalhadores. “Na verdade, o que ocorre é que ele só se preocupa com se liberar das obrigações que tem com seus trabalhadores”, disse, alertando para o fato de que, no Brasil, a educação se transformou em um balcão de negócios, notadamente na área de saúde, com a criação de escolas sem nenhum critério. O presidente do CFM criticou o Estado brasileiro por estar transformando o sonho de construção do SUS em um pesadelo, mas garantiu que o Sistema Único de Saúde, apesar disso, funciona, porque os próprios trabalhadores que o integram decidiram “carregá-lo nas costas”.

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