No segundo dia do I Encontro Nacional dos Conselhos de Medicina do ano de 2006, promovido pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), em Brasília, o debate central é a relação entre os médicos e as indústrias farmacêuticas. Na abertura, o presidente do CFM, Edson de Oliveira Andrade, destacou que o tema debatido é necessário, polêmico e pouco abordado. Para ele, a parceria com a indústria farmacêutica é extremamente importante para a Medicina e colaborou com o sucesso alcançado aumentando, inclusive, a expectativa de vida da população. Mas a relação é delicada, pois, muitas vezes, foge ao que pode ser considerado ético. “o médico tem obrigação de informar essa relação e uma possível ligação com a indústria quando houver conflito de interesses, para que se possa avaliar a extensão e o valor do que está sendo dito pelo médico”, destacou o presidente. O presidente agradeceu a presença do diretor da Anvisa, Franklin Rubinstein, e lamentou a ausência da Febrafarma, que foi convidada em tempo hábil, mas não enviou representante, “mas o espaço estará sempre aberto para o debate, pois ele é muito importante”. A mesa será coordenada pelo diretor Gerson Zafalon Martins, com a participação do corregedor do CFM, Roberto Luiz d’Avila, o diretor da Anvisa, Franklin Rubinstein e o presidente da AMB, José Luiz Gomes do Amaral. No período da tarde será realizada a mesa-redonda “A Indústria Farmacêutica e o Patrocínio de Simpósios, Jornadas e Congressos Médicos”. Redação: Patrícia Álvares
Presidente do CFM lamenta ausência da Febrafarma no debate
09/03/2006 | 03:00