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Depois de ouvir os principais problemas dos usuários de planos de saúde, a CPI dos Planos de Saúde vai ouvir nesta quinta(26/06) as queixas de quem trabalha para os planos: os médicos. O presidente do CFM, Edson de Oliveira Andrade, e o presidente da Federação Nacional dos Médicos, Héder Murari depõem às 09:30 na Câmara dos Deputados. Principais Reclamações dos Médicos Dados da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) indicam que este setor reúne mais de 2.000 empresas operadoras de planos de saúde, milhares de médicos, dentistas e outros profissionais, hospitais, laboratórios e clínicas. Rede essa que atende a mais de 34 milhões de pessoas que utilizam planos privados de assistência à saúde para consultas, exames e internações. Para o presidente do CFM, Edson de Oliveira Andrade, “no setor de saúde suplementar o grande desafio dos médicos tem sido vencer o conveniente imobilismo e insensibilidade das operadoras e da ANS, frente à brutal defasagem dos valores dos honorários médicos hoje praticados”. “Nos últimos sete anos, os planos de saúde aumentaram, em média, 230% o valor de suas mensalidades – aumento não estendido aos médicos. Em alguns casos, os convênios até diminuíram o valor pago pelo atendimento”, afirma o segundo vice-presidente do CFM, Marco Antônio Becker. Informações do Sindicato dos Médicos de São Paulo mostram que, naquele estado, as consultas variam entre R$ 7,00 e R$ 25,00. Estudos da Associação Médica Brasileira, AMB, mostram que para recompor os valores praticados nas consultas, tais como estavam em 1986, seriam necessários reajustes da ordem de 300% nos valores pagos aos médicos. A AMB defendeu, recentemente, na ANS, que na planilha de itens considerados na elaboração do índice de reajuste dos planos de saúde seja incluída uma variável que represente a recomposição das perdas do valor dos serviços médicos, especialmente das consultas, e que haja a obrigatoriedade de repasse aos honorários médicos do mesmo índice de aumento autorizado às operadoras pela agência reguladora. Segundo dados da pesquisa Perfil do Médico no Brasil, realizada pelo Fiocruz, indica que 74,7% destes profissionais praticavam alguma atividade “liberal” em consultório privado em 1996. Entretanto, o paradigma de “profissional liberal” não mais existe para os médicos, pois metade deles, hoje, assim não se consideram. A perda desse status e do conseqüente prestígio social se reflete em: a) perda relativa da atividade liberal em seus consultórios (dependência de convênios); b) necessidade de valer-se, cada vez mais, do trabalho assalariado e do multiemprego para sua manutenção; c) salários baixos, sobrecarga, fadiga, estresse.

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