Eleuses Paiva, presidente da Associação Médica Brasileira (AMB), defendeu nesta quinta-feira(31/07), na CPI dos Planos de Saúde, a necessidade de se regulamentar o setor privado de saúde, pois a legislação atual favorece o setor empresarial e não normatiza a relação entre as operadoras e os médicos. Paiva criticou a restrição das operadoras a alguns procedimentos médicos. Em pesquisa realizada pelo Datafolha, 93% dos médicos disseram que há interferência dos planos de saúde em seu trabalho. As operadoras pressionam por menor período de internação, com alta precoce dos pacientes, e restringem vários exames e procedimentos. Vários médicos já foram descredenciados pelos planos por não cumprirem as determinações das operadoras, afirmou o presidente da AMB, acrescentando que isso acontece, principalmente, com oncologistas. O presidente da Associação Médica Brasileira também criticou a maneira como foi redigida a norma que proíbe o cheque-caução na rede hospitalar, pois ela não especifica quem deverá pagar a conta. Na opinião dele, os planos de saúde é que deverão arcar com os custos e isso deve ficar explícito na lei.