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Com o nome “Atualização sobre Hemoglobina Glicada (A1C) para avaliação do controle glicêmio e para o diagnóstico do diabetes: aspectos clínicos e laboratoriais”, foi lançada a versão 2009 do posicionamento oficial sobre Hemoglobina Glicada, um dos exames mais importantes para controle e prevenção do diabetes. Entre os seu objetivos estão a atualização dos aspectos clínicos e diagnósticos, definição de recomendações de padronização de métodos laboratoriais validados e a discussão de métodos alternativos que podem ser usados no dia-a-dia dos laboratórios para avaliar a HbA1c – ou, simplesmente, A1C. O documento foi preparado pelo Grupo Interdisciplinar de Padronização da Hemoglobina Glicada – A1C, formado por representantes de diferentes sociedades de especialidades médicas, universidades e instituições de saúde, entre elas a Sociedade Brasileira de Patologia Clínica/Medicina Laboratorial (SBPC/ML). As edições anteriores saíram em 2003 e 2004. O Grupo avaliou que já estava na hora de uma atualização porque houve modificações em alguns conceitos referentes as aspectos clínicos e laboratoriais. A hemoglobina glicada é o único dentre os componentes da hemoglobina que deve ser usado como um índice de glicemia média e como uma medida do risco de complicações provocadas pela hiperglicemia. Os valores normais de referência de A1C ficam entre 4% e 6%. Quando ultrapassam 7% estão associados a um risco cada vez maior de complicações crônicas. A versão 2009 do posicionamento de A1C recomenda que acima de 7% o médico deve rever o tratamento do paciente. Algumas sociedades médicas defendem que o limite superior seja 6,5%. “Apesar dos esforços para conscientizar médicos e pacientes acerca da importância da A1c no controle do diabetes mellitus e na avaliação de risco das complicações crônicas, ainda é significativo o número de médicos que não solicitam este exame aos pacientes diabéticos, bem como há um grande número de diabéticos que desconhecem o exame”, diz o vice-diretor científico da SBPC/ML, Nairo Sumita, co-autor do documento. O diretor de Comunicação da SBPC/ML, Murilo Melo, reforça essa opinião com um dado preocupante obtido no dia-a-dia do laboratório. “Quando analisamos pacientes com diabetes mellitus em nosso serviço, provenientes de diversos planos de saúde, percebemos que aproximadamente 1/3 dos que estão em companhamento não realizam nenhuma mensuração de A1c por ano”, afirma Melo, que também participou da elaboração do posiconamento oficial, . Recomendações para o laboratório Segundo o documento, a A1C tem sido considerada como a média ponderada das glicemias diárias de até os últimos três meses. No entanto, estudos clínicos e modelos teóricos mostram que os níveis mais recentes de glicemia são responsáveis por um impacto maior nos níveis de hemoglobina glicada. O posicionamento oficial recomenda que o teste de A1C seja feito pelo menos duas vezes por ano em pacientes diabéticos. Nas pessoas que mudaram o tratamento ou quando este não está alcançando os resultados recomedados, o exame de A1C deve ser feito no mínimo a cada três meses. O documento também apresenta os níveis de hemoglobina glicada recomendados para crianças, adolescentes, gestantes e idosos com diabetes. Para os laboratórios, o documento apresenta o que deve ser considerado nas fases pré-analítica, analítica e pós-analítica. Na primeira é preciso toamr cuidado com possíveis interferentes, preparo do paciente, coleta, estabilidade e processamento das amostras. Para a fase analítica são discutidos os critérios para escolher o método mais adequado da rotina laboratorial. Na pós-analítica, o documento chama a atenção para o intervalo de referência. Também sugere um texto para ser incluído no laudo com resultados dos testes de A1C. Grupo Interdisciplinar de Padronização da Hemoglobina Glicada Coordenação Editorial Augusto Pimazoni Neto – Coordenador do Grupo de Educação e Controle do Diabetes do Hospital do Rim e Hipertensão da Unifesp, cordenador do Grupo de Educação e Controle do Diabetes do Centro de Diabetes do Hospital Alemão Oswaldo Cruz). Editores Médicos Adagmar Andriolo – Professor livre-docente de Patologia Clínica/Medicina Laboratorial da EPM/Unifesp, consultor médico do Fleury–Medicina e Saúde, ex-presidente da Sociedade Brasileira de Patologia Clínica/Medicina Laboratorial (SBPC/ML). Fadlo Fraige Filho – Professor titular de Endocrinologia da Faculdade de Medicina da Fundação ABC, presidente da Federação Nacional das Associações e Entidades de Diabetes (Fenad) e da Anad. Marcos Tambascia – Chefe da Disciplina de Endocrinologia do Departamento de Clínica Médica da Faculdade de Ciências Médicas da Unicamp, presidente do Departamento de Diabetes da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM) e ex-presidente da Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD). Marília de Brito Gomes – Professora adjunta da Universidade Estadual do Rio de Janeiro, presidente da SBD. Murilo Melo – Médico Patologista Clínico, professor-assistente do Departamento de Ciências Fisiológicas da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo, diretor de Comunicação da SBPC/ML, diretor da World Association of Societies of Pathology and Laboratory Medicine (WASPaLM), diretor de Patrimônio e Finanças da Associação Paulista de Medicina e diretor Médico-Científico do Total Laboratórios. Nairo Massakazu Sumita – Professor assistente Doutor da Disciplina de Patologia Clínica da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, vice-diretor Científico da SBPC/ML, diretor Técnico do Serviço de Bioquímica Clínica da Divisão de Laboratório Central do Hospital das Clínicas da FMUSP, assessor médico da área de Bioquímica Clínica do Fleury Medicina e Saúde. Ruy Lyra – Professor de Endocrinologia da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade de Pernambuco, presidente da SBEM. Saulo Cavalcanti – Professor emérito da Disciplina de Endocrinologia da Faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais, presidente do Departamento de Diabetes da SBEM, vice-presidente da SBD. Mais informações sobre o Posicionamento oficial sobre hemoglobina glicada (versão 2009) em www.sbpc.org.br Fonte: SBPC

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