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O transplante de córnea é o principal tipo de transplante realizado no mundo. Para se ter uma idéia, só nos Estados Unidos, são feitas cerca de 35 mil cirurgias por ano,muitas delas possíveis apenas devido ao progresso tecnológico dos últimos dez anos. No entanto, pouco se sabe a respeito do perfil dos pacientes indicados a esse tipo de cirurgia.Esse foi o objetivo de um estudo realizado por pesquisadores da Universidade Federal de Sergipe. Participaram da pesquisa 110 pacientes submetidos ao transplante de córnea no Hospital Governador João Alves Filho, entre maio de 2000 e novembro de 2002. De acordo com artigo publicado na revista Arquivos Brasileiros de Oftalmologia, foram coletados os seguintes dados:indicação, idade, sexo, acuidade visual antes da cirurgia e tempo decorrido desde a entrada na lista de espera até a realização do transplante. Segundo os pesquisadores, a faixa etária média dos pacientes foi de 52,16 anos e 52,2% eram do sexo masculino. A doença mais encontrada entre as indicações foi a ceratopatia bolhosa, que acomete predominantemente pacientes idosos. “A ceratopatia correspondeu a 39,1% dos casos, e os pacientes tinham, em média, 68,54. A equipe constatou, ainda, que a visão de vultos foi a acuidade visual mais freqüente e que a média de tempo de espera dos 110 pacientes submetidos a transplante de córnea foi de 6,28 meses, sendo o mínimo de 1 dia e o máximo de 27 meses. Isso mostra, de acordo com os pesquisadores que os pacientes aguardaram muito tempo até a conduta cirúrgica. Segundo eles, o tempo em lista de espera é longo e inadequado. “Necessita-se de um grande incremento na quantidade de transplantes a serem realizados, já que, além da acuidade visual reduzida, as doenças oculares geram desconforto e dor”, afirmam no artigo. Além disso, alertam para a necessidade de os profissionais terem maior atenção durante a indicação do transplante e o preenchimento dos prontuários. “A avaliação bem detalhada da córnea associada à melhoria da técnica individual de cada cirurgião, material cirúrgico e um bom acompanhamento clínico pós-operatório poderão diminuir o número de pacientes conduzidos ao banco de olhos”, concluem. Fonte: FENAM – Com informações da Agência Notisa

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