

Principais resultados
- Entre os usuários que utilizaram os serviços de planos de saúde nos últimos dois anos, 77% tiveram algum problema (praticamente 8 em cada 10).
- O índice de usuários com problemas foi de 64% para consultas; 40% em exames diagnósticos, e, o que é gravíssimo, 72% em pronto-socorro, quando a pessoa mais necessita de agilidade e resolubilidade. pronto-socorro, 67% dos pacientes reclamam de superlotação, 51% da demora para atendimento
- No caso das consultas, as principais queixas também são de demora para marcação, de médico que saiu do plano e demora para autorização.
- Os usuários também reclamam da falta de opções, ocasionada pela insuficiência das redes credenciadas. Apontam problemas como a saída de médicos dos planos (30%), falta de médicos nas especialidades (20%), poucas opções de hospitais (30%) e de laboratórios (24%);
- No pronto socorro, a situação é ainda mais alarmante. Dois terços dos pacientes que precisaram do serviço relataram que o local de espera estava lotado.
- São casos de risco ou dor em que os usuários se deparam com tamanha dificuldade. As principais queixas referem-se a demora para realização de exames (12%), locais inadequados para medicação (12%) e até mesmo negativa de atendimento (5%) e demora ou negativa na transferência para leito hospitalar (4%).
- Sobre os médicos e prestadores de serviço, a percepção de 66% dos usuários é de que os planos colocam restrições em diversas etapas para realização de exames de maior custo e, para (53%), de que os planos restringem o tempo de internação hospitalar ou UTI.
- O alto grau de conscientização dos pacientes também foi notado em relação aos obstáculos enfrentados pelos médicos. A maior parte (60%) acredita que os planos pagam aos profissionais um valor muito baixo por consultas ou procedimentos e 53% concordam que as operadoras pressionam os médicos para reduzir o tempo de internação hospitalar ou UTI.
- Indignadas, 100 mil pessoas já entraram na Justiça contra planos de saúde e 14% da mostra, equivalente a 1,4 milhão, conhecem alguém que também buscou a mesma via. Nesta linha, 76% têm a imagem de que os planos de saúde são objeto de muitas reclamações nos órgãos de defesa do consumidor.
Interferências de planos de saúde prejudica pacientes
Principais resultados:
- O médico que trabalha com planos ou seguros de saúde atribui, em média, nota 5 para as operadoras, em escala de zero a dez. Ressalta-se que 5% dos médicos deram nota zero para os planos ou seguros saúde brasileiros e apenas 1% atribuiu notas 9 ou 10*.
- 92% dos médicos brasileiros que atendem planos ou seguros saúde afirmam que sofreram pressão ou ocorreu interferência das operadoras na autonomia técnica do médico*.
- Entre as interferências no trabalho médico, glosar procedimentos ou medidas terapêuticas e impor a redução de número de exames ou procedimentos são as práticas mais comuns das operadoras (veja quadro abaixo).
Fonte: APM/Datafolha – Pesquisa Nacional
- Mais da metade dos hospitais (54,9%) afirma que os planos de saúde determinam a transferência de pacientes para hospitais próprios das operadoras.
- Mais da metade dos hospitais (51%) afirma que os planos de saúde demoram na liberação de guias de autorização para internação, cirurgia e exames, o que prejudica pacientes e médicos.
Principais interferências dos planos no trabalho médico |
|
Reclamações |
% |
Glosar (rejeitar a prescrição ou cancelar pagamento) de procedimentos ou medidas terapêuticas |
78 |
Limitar número de exames ou procedimentos |
75 |
Restringir (limitar cobertura) doenças pré-existentes |
70 |
Autorizar atos diagnósticos e terapêuticos somente mediante a designação de auditores |
70 |
Interferir no tempo de internação de pacientes (determinar alta hospitalar antes da hora) |
55 |
Negar a prescrição de medicamentos de alto custo |
49 |
Interferir no período de internação pré-operatório (não permitir, por exemplo, a internação na véspera da cirurgia) |
48 |
Nenhuma |
6 |
Base (número de médicos entrevistados) |
2184 |