A Associação Nacional dos Médicos Peritos registrou 112 casos de agressões a médicos peritos no ano de 2007. O dado foi divulgado na sexta-feira, dia 4 de janeiro. Nos três primeiros dias de 2008, uma nova agressão foi registrada na cidade de Água Rasa, em São Paulo. Para a direção da ANMP (Associação Nacional dos Médicos Peritos) os dados são preocupantes. “Na medida em que as agressões diminuíram em quantidade, aumentaram em gravidade”, salienta o presidente da Associação, Luiz Carlos de Teive e Argolo. Em 2007 o médico perito José Rodrigues foi assassinado em Patrocínio (MG). Um perito levou sete facadas na perna em Santos (SP). Vários peritos sofreram agressões físicas, tiveram objetos arremessados contra eles e receberam inúmeras ameaças de morte. Todas estes casos levaram o INSS a atender as reivindicações da ANMP, que por mais de dois anos lutou pela instalação de medidas de segurança, como detectores de metais nas portas das APSs botões de pânico e saídas de emergência nos consultórios. Todos os casos de agressões contra médicos peritos foram registrados nas polícias civil, militar ou federal. A agressão a médico perito no exercício de sua função ou em decorrência dela se constitui um crime federal, com pena prevista de seis meses a dois anos de detenção. Todos os casos são investigados pela PF. Em 2007 os quatro acusados de terem assassinado a médica perita Maria Cristina Felipe, morta em 2006 em Governador Valadares, foram condenados pela Justiça. Ao todo foram criadas em 2007 sete APS-BI (Agência da Previdência Social para Benefício por Incapacidade). Em Porto Alegre, as medidas de segurança da APS-BI levou à segurança a impedir a entrada de armas brancas e de fogo. Somente no primeiro mês de atuação 30 armas brancas (facas, facões, estiletes, etc) e quatro armas de fogo (revolveres) foram apreendidos na entrada da agência gaúcha. Fonte: ANMP
Perícia Médica: 112 casos de agressão em 2007
10/01/2008 | 02:00