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BENGHAZI (Líbia) – Uma corte líbia condenou à morte cinco enfermeiras búlgaras e um médico palestino pela infecção de pacientes com o vírus causador da Aids. As sentenças foram divulgadas ontem. De acordo com o veredicto, eles infectaram intencionalmente mais de quatrocentas crianças com o vírus HIV durante uma experiência em busca da cura para a síndrome. Um médico búlgaro recebeu sentença de quatro anos de prisão por ter trocado moeda estrangeira no mercado negro. Ele também foi acusado de infectar pacientes com o vírus da Aids, mas seu veredicto não menciona essa acusação. Nenhuma explicação foi divulgada. Nove líbios que trabalhavam em um hospital foram absolvidos da acusação de negligência. Fadallah el-Sherif, presidente do painel de cinco juízes, pronunciou: “A corte sentenciou os réus de número um a seis à morte por pelotão de fuzilamento”.Pela lei da Líbia, sentenças de morte são passíveis de apelação imediata. Familiares das crianças comemoraram o veredicto, mas o governo búlgaro qualificou como “absurda” a decisão judicial líbia. Líderes europeus disseram estar pressionando o governo de Muamar Kadafi para que as decisões sejam revisadas. TORTURA – Grupos de defesa dos direitos humanos alegam que a Líbia forjou a história da experiência para acobertar as condições inadequadas de seus hospitais e afirmam que as confissões dos médicos foram obtidas mediante tortura. Duas das cinco enfermeiras disseram ter sido violentadas sexualmente. Inicialmente, a Líbia insistiu que as infecções eram parte de uma conspiração dos serviços secretos de Estados Unidos e Israel, mas depois recuou dessas acusações. Das mais de quatrocentas crianças infectadas, pelo menos 23 morreram. O médico francês Luc Montagnier – um dos cientistas responsáveis pela descoberta do vírus HIV – comentou que a falta de higiene no hospital de Benghazi provavelmente causou a contaminação. Ele calcula que as infecções tenham ocorrido em 1997, mais de um ano antes da contratação dos médicos condenados. Da Assessoria de Imprensa do Cremepe. Com Informações do Diário de Pernambuco.

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