Os médicos da rede pública decidiram suspender por 24 horas as demissões em massa previstas para a última sexta-feira, 5 de setembro. A decisão foi tomada na quinta-feira à noite, após uma assembléia geral realizada no centro social da Soledade, no bairro da Boa Vista. Na ocasião, a categoria aceitou parcialmente a proposta do Governo do Estado em reajustar em 61,05% o salário-base dos profissionais de saúde passando de R$ 1.900 para R$ 3.059,97. Entretanto, eles não concordaram com o escalonamento do reajuste em cinco parcelas até dezembro de 2010 e, sim, até junho de 2009. Uma rejeição feita na assembléia foi em relação ao reajuste da gratificação de plantão. Os médicos querem uma gratificação de R$ 2.700. Com isso, os salários ficaram equiparados aos dos neurocirurgiões. Foi dado um prazo curto de 24 horas para que o Ministério Público e a secretaria de Administração do Estado analisem a contraproposta da categoria. Esse prazo encerrou-se na sexta, quando uma nova assembléia foi realizada para avaliar o posicionamento do Governo Estadual. O presidente do Sindicato dos Médicos de Pernambuco (Simepe), Antônio Jordão, disse que os médicos representam uma única classe e que, por isso, estão lutando pela isonomia salarial. “O governo tem folga no caixa para arcar esses reajustes. Estamos devolvendo o xeque a eles”, comentou Jordão. Pela proposta do governo, o reajuste de 61,05% seria repassado através de cinco parcelas: de setembro e dezembro deste ano, julho e dezembro de 2009 e ainda junho de 2010. A cada mês, os profissionais terão um acréscimo de 10% ao salário. O salário do médico plantonista – com gratificação – passaria de R$ 2.900 para R$ 4.059,97. Já o médico diarista que recebe R$ 1.900 teria um salário de R$ 3.059,97. Os médicos criticaram ainda o formato de fundação estatal de direito privado. Fonte: Simepe
PE: médicos suspendem por 24h saída em massa
08/09/2008 | 03:00