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O médico Paulo Niemeyer, maior nome da neurocirurgia no Brasil, morreu ontem de manhã, aos 89 anos, de infarto agudo no miocárdio. Ele estava internado havia seis dias no Hospital Samaritano, em Botafogo, Zona Sul do Rio, para onde foi levado depois de sentir dores no peito. Irmão do arquiteto Oscar Niemeyer, o neurocirurgião continuava trabalhando, apesar da idade avançada. Foi justamente em seu consultório que ele passou mal, na quinta-feira passada. Niemeyer estava internado no Centro de Tratamento Intensivo do Hospital Samaritano e, na última segunda-feira, foi submetido a uma cirurgia por conta da ruptura da válvula mitral. O quadro se agravou terça-feira à noite. Ele morreu às 11 da manhã. O corpo foi velado à tarde na capela 2 do cemitério São João Batista e será cremado hoje de manhã, no cemitério do Caju. Uma de suas noras, Isabel Niemeyer, mulher de Paulo Niemeyer Filho, contou que era um desejo do sogro trabalhar até o último dia de sua vida. “Ele nunca quis parar. Graças a Deus, fez tudodo jeito que queria.” Isabel disse que ele sempre teve boa saúde e que nunca havia reclamado de dores antes de passar mal. Caminhava normalmente e tinha vigor físico. Paulo Niemeyer se casou três vezes. A última mulher foi Marisa. Ele deixou seis filhos. Paulo Niemeyer Filho foi o único dos seis filhos que seguiu a profissão do pai. Hoje, ele é um dos maiores expoentes da neurocirurgia no Brasil. DUPLA JORNADA – Paulo Niemeyer, o pai, não dava expediente só no consultório. Ele também se dedicava à administração da Santa Casa de Misericórdia do Rio, entidade onde trabalhava desde 1931 – começou aos 17 anos, quando era estudante de Medicina, e nunca recebeu pelos serviços prestados. Hoje, o médico desempenhava a função de provedor, autoridade máxima da instituição – cujo setor de neurocirugia é chefiado por seu filho. Numa entrevista dada há quatro anos, Niemeyer explicou por que atendia de graça. “É o espírito de misericórdia que nos move, o espírito de fazer algo pelo doente, além do interesse de aprender e ensinar”, disse o médico, que era católico. Na mesma entrevista, ele contou que sua crença nunca causou divergências com o irmão Oscar, comunista. “Depois que passei a ter maior contato com a vida, vi que Oscar tinha razão em muita coisa, apesar de ser muito radical.” A fama de grande neurocirurgião fez com que três presidentes da República procurassem Paulo Niemeyer. Ele tratou Artur da Costa e Silva e João Baptista Figueiredo e operou Amália Lucy, filha de Ernesto Geisel. Reconhecido como introdutor da angiografia cerebral (que permite a visualização dos vasos sangüíneos cerebrais) e da radiografia das artérias cerebrais no País, na década de 40, o médico é responsável pela formação de dezenas de neurocirurgiões brasileiros. O presidente da Academia Nacional de Medicina, Pietro Novelino, amigo de Niemeyer havia 30 anos, lembrou que, além de excelente profissional, ele era tido como uma pessoa bondosa e humilde. Da Assessoria de Imprensa do Cremepe. Com Informações do Pernambuco.Com.

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